Dollar R$ 5,39 Euro R$ 6,33
Dollar R$ 5,39 Euro R$ 6,33

Economia Terça-feira, 26 de Julho de 2022, 07:00 - A | A

Terça-feira, 26 de Julho de 2022, 07h:00 - A | A

APÓS UMA SEMANA...

Redução da gasolina ainda não é sentida nos postos de Cuiabá

Motoristas de Várzea Grande e outras cidades já perceberam redução de até 20 centavos no preço da gasolina

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Petrobras reduziu o preço da gasolina em 20 centavos na última semana, mas os consumidores da Baixada Cuiabana ainda não perceberam uma redução dos preços nas bombas. Essa impressão é reforçada pelos dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que realiza levantamentos semanais junto aos postos e apontou que os preços permaneceram inalterados na capital na última semana.

De acordo com a ANP, a gasolina era vendida entre R$ 5,47 e R$ 6,75, mesmos valores da última semana. Já os consumidores que abastecem em Várzea Grande já sentiram uma redução de 20 centavos. Segundo os dados coletados até o último sábado (23), a gasolina era vendida entre R$ 5,39 e R$ 5,79 contra R$ 5,59 e R$ 5,99 na semana imediatamente anterior.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

A ANP também aponta que houve uma redução em algumas cidades do interior. Apesar disso, o preço dos combustíveis segue mais barato na capital e em Várzea Grande. Em Alta Floresta, que é a cidade com os combustíveis mais caros no estado, a gasolina era vendida por R$ 6,26, com uma redução de 19 centavos. Na semana anterior, a gasolina custava R$ 6,45.

Nelson Soares Junior, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (SindiPetróleo), explica que o mercado ainda está se ajustando aos novos preços, que devem apresentar redução à medida em que as distribuidoras formam seus estoques com o combustível mais barato.

“Isso é o mercado, até que se ajuste os estoques das distribuidoras, que se atinja um outro patamar de precificação. O próprio mercado vai trabalhando e se ajustando sobre o que é possível fazer em relação à margem da revenda”, explica Nelson, em entrevista ao Estadão Mato Grosso. “Não tem uma explicação lógica, é o mercado que está se ajustando”, resume.

DEFASAGEM NO DIESEL

Nelson ainda destaca que pode ocorrer mais reduções nos preços dos combustíveis, em especial do diesel, nas próximas semanas. Isso porque o diesel vendido pela Petrobras está 5% mais caro em relação aos preços internacionais, segundo dados desta segunda-feira (25) da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).

“A tendência é que a gente tenha a queda no preço daqui para a frente se persistir essa diferença na paridade”, afirma. Nelson pontua, por outro lado, que isso vai depender de como o mercado vai se comportar nessa semana. “O preço está subindo hoje. Então, pode ser que amanhã a paridade já acabou. O mercado está extremamente volátil”, acrescenta.

O economista Vivaldo Lopes também segue a avaliação de Nelson, de que caso não ocorra nenhum fator que venha a afetar o preço dos combustíveis, a petroleira brasileira poderá fazer novas reduções no diesel e também na gasolina, que está apenas alguns centavos mais cara na Petrobras em relação ao comércio internacional.

“Os preços internacionais do petróleo estão estacionados em US$ 100. O cenário indica que a Petrobras, colocando em prática a sua política de preços de paridade, deve anunciar essa semana uma redução na gasolina e no diesel, pelo menos para se manter coerente à sua política de preços”, afirma Vivaldo, da VLopes Econômica.

search