A exportação da carne bovina de Mato Grosso bateu recorde de envios em julho. Os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que houve um aumento de 31,44% na comparação com o mês anterior. Este é o maior volume já exportado pelo estado. O aumento na demanda de exportações, somado ao preço médio da carne exportada, resultou em um faturamento de US$ 388,4 milhões no mês, cerca de R$ 2,1 bilhões na cotação atual do dólar, de R$ 5,41.
O volume exportado em julho somou 89,49 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), um aumento de 31,44% em relação ao mês anterior. No mesmo período, também houve aumento na cotação do preço médio do produto, que chegou a US$ 4.340,03 por tonelada - cerca de R$ 23.479,56 por tonelada.
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O relatório do Imea também aponta que o preço da carcaça do boi atingiu R$ 20,93 por quilo na última semana, acumulando valorização de 0,41% em relação aos preços da semana anterior.
A principal responsável pelo recorde foi a China, maior compradora de carne e derivados bovinos do Brasil. Com a maior demanda do país asiático, houve um acréscimo de 31,98% nas exportações em relação ao mês anterior.
O Imea ainda projeta que, se a China e outros principais compradores mantiver o comportamento de aumento de compra dos produtos bovinos de Mato Grosso, as exportações caminham para um novo recorde do volume anual.
PREÇOS EM ALTA
O volume de abates também registrou aumento durante o mês de julho. Segundo o Imea, 656,49 mil bovinos foram enviados ‘para o gancho’ no último mês, o que representa um aumento de 7,07% em relação a junho de 2025. Porém, com o aumento da demanda para exportação, os preços conseguiram se manter em alta. Só na última semana houve valorização de 0,79% na arroba do boi gordo a prazo, chegando à marca de R$ 292,48 por arroba, na média estadual.
Já no mercado futuro, o preço do contrato com vencimento em agosto de 2025 atingiu R$ 316,15, acumulando alta de 0,73% na semana.
MENOR OFERTA DE FÊMEAS
A participação das fêmeas no abate em Mato Grosso vinha em crescimento, superando a marca de 50% dos bovinos enviados aos frigoríficos nos últimos seis meses. Porém, os produtores voltaram a reter as fêmeas devido à aproximação do período de reprodução, iniciando a mudança do ciclo pecuário. Com isso, a participação das fêmeas nos abates caiu para 48,35% na média em julho.
“Assim, os abates de vacas e novilhas do último mês foram 3,28% menores em relação a julho de 2024. Além do movimento sazonal, a recuperação nos preços do bezerro e a melhora na margem da cria têm estimulado o início, mesmo que sutil, da retenção de matrizes no estado. Dessa forma, com a transição do ciclo, a participação de fêmeas nos abates começa a reduzir, fator positivo para os preços do boi gordo”, apontou o Instituto.
