Com a colheita do milho chegando na reta final e com a disponibilização dos grãos no mercado, a exportação teve alta de 625,83% em julho, em relação ao mês anterior. Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apontou que a alta na exportação é comum ao final do ciclo do milho, em julho foi exportado 1,18 milhão de toneladas. O boletim foi publicado nesta segunda-feira, 11 de agosto.
Entretanto, apesar do aumento estratosférico na exportação, comparando o volume do mês de julho de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, houve uma queda de 59,02% nos embarques, que está relacionada com o atraso no plantio e colheita da safra do milho.
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“Além disso, houve prolongamento do período de escoamento da soja neste ano, o que aumentou a concorrência com o milho nos terminais portuários. Para os próximos meses, com a colheita na reta final no estado e a necessidade de liberar espaço nos armazéns, é esperado que o ritmo dos escoamentos se intensifique”, apontou.
Nos últimos meses, as empresas que exportam grãos estavam armazenando o milho “a céu aberto” em razão do déficit de armazenagem, devido ao escoamento lento da soja e da supersafra de 103 milhões de toneladas de soja e milho.
A comercialização do milho da safra 23/24 só atingiu 100% da comercialização neste mês de agosto. Já a comercialização da safra 24/25, atingiu 62% da comercialização. E com os armazéns cheios, ainda há milho a ser colhido, segundo o Imea até o último dia 8 de agosto, a colheita em Mato Grosso estava em 99,72%.
"Assim, diante dos preços mais atrativos em uma temporada de recorde de produção e com o déficit de armazenagem maior, os produtores optaram por vender sua produção", destacou.
Apesar do mercado aquecido, o Imea aponta que haverá concorrência no mercado interacional com os Estados Unidos. O que pode diminuir a demanda e travar o escoamento do grão no Brasil.
“Um ponto de atenção é a colheita de milho nos EUA, pois o USDA [Departamento de Agricultura dos Estados Unidos] projeta produção recorde para o país na próxima temporada, volume que estará disponível e deverá competir com a oferta brasileira no 2º semestre de 2025”, disse.