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Economia Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2020, 10:26 - A | A

Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2020, 10h:26 - A | A

RETOMADA ECONÔMICA

Pequenos negócios geram quase o dobro de empregos em comparação às médias e grandes

Priscilla Silva

O ano de 2020 ficará marcado como o mais desafiador para os pequenos negócios. Essas empresas, que dependem do fluxo de caixa diário para sobreviver, precisaram se reinventar no para resistir à pandemia. Além da digitalização dos negócios, a pandemia serviu de estímulo para novas ideias de negócios. E parece que eles tiraram ‘de letra’. Dados do Sebrae apontam que os pequenos negócios criaram quase o dobro de vagas que as médias e grandes empresas.

As micro e pequenas empresas comprovam que têm maior capacidade maior recuperação e geração de empregos em momentos de crise. Entre julho e outubro deste ano, elas criaram 714,3 mil postos de trabalho em todo o Brasil. O número é quase duas vezes maior que o total de empregos gerados pelas empresas de médio e grande porte que, no mesmo período, abriram 364,8 mil vagas.

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Só em outubro, as MPE registraram saldo positivo de 271 mil empregos formais. Já as médias e grandes empresas (MGE) criaram 123,1 mil postos de trabalho no mesmo período. No total, foram gerados 394.989 empregos no Brasil em outubro deste ano, com as MPE respondendo por quase 70% desse total. Os dados da pesquisa foram compilados com base nos dados do Novo Caged, do Ministério da Economia.

“Esses números comprovam a tese que há muito é defendida pelo Sebrae. As pequenas empresas contratam mais na expansão. Por isso é tão importante que desenvolvamos políticas de fomento e crédito para esse segmento vital à economia do nosso país. Elas precisam disso para continuar desempenhando seu importante papel”, ressaltou Carlos Melles, presidente do Sebrae.

A capacidade de adaptação do grupo das pequenas empresas ficou nítida durante a crise econômica causada pela pandemia. Segundo o Sebrae, nos três primeiros meses da crise (março e junho), os pequenos negócios foram os que mais desempregaram. Foram quase um milhão de postos de trabalho encerrados, contra 606 mil nas médias e grandes. No entanto, a recuperação nos meses seguintes surpreendeu.

“Com o retorno gradual da atividade econômica, as micro e pequenas empresas voltaram a ser a locomotiva da nossa economia, implementando um ritmo de contratação bem mais forte do que as de maior porte”, pontuou Carlos Melles.

Inevitavelmente, a crise afetou o resultado geral de ambos os segmentos. No acumulado do ano até outubro, a pesquisa aponta que as MPE registram saldo negativo de empregos gerados (demissões maiores que as contratações). Mas esse saldo vem reduzindo de forma expressiva, dos -294,3 mil empregos (janeiro a setembro), foi para apenas 26 mil empregos (janeiro a outubro). As MGE, por sua vez, acumulam um saldo negativo bem maior, de 215,3 mil empregos, neste mesmo período (jan-out).

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