As incertezas quanto ao resultado das vendas natalinas também contaminam o mercado de trabalho. O levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Turismo e Serviços (CNC) aponta uma redução na expectativa de criação de vagas temporárias para o período natalino. Há três meses, a entidade previa a abertura de 94,2 mil postos de trabalho temporário, mas a projeção foi revisada para 89,4 mil vagas.
Mesmo com a redução, a quantidade de postos de trabalho projetados para este ano representa crescimento de 31% na comparação com o Natal atípico de 2020, quando foram criadas apenas 68,3 mil vagas. Ainda assim, 2021 ficará abaixo do Natal antes da pandemia, que viu a contratação de 91,6 mil trabalhadores.
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“A maior oferta de vagas (63% do total ou 56,27 mil) ocorrerá nas lojas de vestuário, calçados e acessórios. Em seguida, tendem a se destacar os segmentos de hiper e supermercados (16,63 ou 19% do total) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (11,08 mil ou 12% do total). Regionalmente, São Paulo (25,61 mil), Minas Gerais (9,63 mil), Paraná (7,09 mil) e Rio de Janeiro (6,63 mil) oferecerão a maior parte das vagas”, dizem os pesquisadores.
A incerteza quanto à sustentabilidade do volume de vendas do varejo no início de 2022 também levaram a uma queda na taxa de efetivação dos trabalhadores temporários. A previsão inicial da CNC era que 12,2% dos trabalhadores - 12 a cada 100 - conseguiriam transformar a oportunidade temporária em um emprego formal. Agora, apenas 4,9% devem conseguir isso, o que representa 5 trabalhadores em cada 100 contratados.
