Em um cenário cada vez mais competitivo na atração e retenção de talentos, as empresas redobram a atenção para políticas de valorização profissional. A remuneração variável surge como um dos métodos mais inteligentes para engajar equipes e estimular a produtividade.
No entanto, para ter efeito, este tipo de incentivo precisa estar integrado a uma estratégia mais ampla de reconhecimento – algo que vai além do bônus financeiro. O setor de recursos humanos desempenha papel central neste movimento, responsável por desenhar ações de recompensa que combinem clareza e equidade.
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O desafio é construir um ambiente em que o esforço individual e coletivo seja reconhecido de maneira justa, reforçando o alinhamento entre os objetivos da empresa e os resultados entregues pelos colaboradores. Integrar sistemas de bonificação com outros elementos simbólicos promove um senso de pertencimento. A motivação não é apenas financeira: é cultural.
Quando o dinheiro é só parte da equação
A remuneração variável, por definição, está atrelada ao desempenho – individual, de equipe ou da organização como um todo. Bonificações por metas, comissões e programas como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) são práticas cada vez mais comuns no mercado.
De acordo com o relatório HR Strategy 2025, 78% das empresas usam algum tipo de bonificação variável para cargos de liderança e 58% já estendem a prática a outros níveis. As vantagens são claras: promove o desempenho, oferece previsibilidade de recompensa por resultados e reforça a cultura de meritocracia.
Porém, ela também traz riscos se aplicada sem critérios claros ou metas realistas. Quando mal estruturada, pode gerar competição excessiva, desmotivação e até conflitos internos. Cabe ao RH garantir que os indicadores estejam alinhados com os valores organizacionais e que os critérios de avaliação sejam transparentes.
Benefícios além do salário: o papel do pacote de recompensas
Remuneração é apenas uma parte da proposta de valor ao colaborador. Os benefícios corporativos – financeiros e não financeiros – ganham protagonismo como instrumentos de retenção, especialmente em um momento em que qualidade de vida, bem-estar e flexibilidade se tornaram prioridades para os profissionais.
Além de bônus por performance, muitos RHs estão revendo seus pacotes de benefícios, incluindo opções valorizadas pelos colaboradores, como o cartão alimentação, que oferece praticidade no dia a dia e melhora a percepção de cuidado por parte da empresa. Com ele, o colaborador consegue ter mais liberdade de escolha e maior controle sobre sua rotina alimentar.
A estratégia de pacotes flexíveis mostra que a empresa compreende as diferentes necessidades da força de trabalho – e sabe como combiná-las a estímulos que mantêm o time engajado. Em outras palavras, cuidar das pessoas também é cuidar dos resultados.
Estratégias do RH para alinhar desempenho e pertencimento
Ao planejar políticas de remuneração e engajamento, o RH deve atuar como mediador entre os objetivos organizacionais e as expectativas humanas. Isso envolve criar critérios claros para remuneração variável, promover ciclos frequentes de feedback e garantir acesso a benefícios que façam sentido para diferentes perfis de colaboradores.
Boas práticas incluem: definir metas desafiadoras, mas possíveis de serem alcançadas; reconhecer o esforço coletivo, além do individual; e usar dados para medir os impactos das políticas adotadas, ajustando-as quando necessário.
O engajamento não nasce somente do bônus recebido, mas da percepção de que a empresa valoriza sua equipe de forma genuína. Em última instância, a construção de um ambiente de trabalho saudável passa por uma cultura que reconhece, recompensa e respeita. E no processo, o RH é o grande protagonista.