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Cidades Sexta-feira, 15 de Outubro de 2021, 16:00 - A | A

Sexta-feira, 15 de Outubro de 2021, 16h:00 - A | A

DIA DO PROFESSOR

Professores contam desafios enfrentados pela classe durante a pandemia

Os desafios encontrados pelos profissionais são muitos, dentre eles a baixa valorização profissional

Brenda Closs

Estagiária | Estadão Mato Grosso

“Numa folha qualquer eu desenho um mundo mais belo e se sou professor este mundo pro aluno eu revelo...” a música cover de Toquinho representa a importância de um professor na formação de qualquer cidadão. Sabendo disso, o Estadão Mato Grosso conversou com dois profissionais da educação para saber a importância desse 15 de outubro, estabelecido pelo ex-presidente João Goulart, em 1963, para celebrar o dia do professor.

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Arquivo Pessoal

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Sanderson Figueiredo, de 31 anos, é professor da Educação Básica. Ele dá aulas para alunos entre 11 a 17 anos e desde a infância se interessava em lecionar.

“Na escola a gente tinha um grupo que tinha facilidade em estudar junto e ajudava os colegas. Fui pegando o gosto de ensinar e construir conhecimento junto. Pra entrar na faculdade de Ciências Biológicas foi um passo muito fácil”, conta o professor.

Arquivo Pessoal

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Já a professora Jéssica Oliveira, de 36 anos, diz ter sido escolhida pela profissão. “Durante a faculdade pensava em trabalhar em laboratório. Na metade do curso, comecei a ter práticas pedagógicas, onde tínhamos que preparar algumas aulas e apresentá-las para os colegas e gostei, vi que era minha praia”, explica.

Os desafios encontrados pelos profissionais são muitos, dentre eles a baixa valorização profissional, a necessidade de trabalhar em várias escolas para ter um salário melhor, e até mesmo a falta de empatia com os profissionais da educação vindo dos familiares dos alunos.

“O que eu vejo é que falta muito nos alunos aquela questão familiar, de incentivar o estudante a levar a sério a educação. Onde você tem que ficar debatendo questões não tão relevantes e a educação fica de lado”, desabafa Sanderson.

Ele acrescenta que o país passa por um momento complicado, de desmonte da educação e diminuição de investimentos.

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“Você vê o país em queda livre e o que pode transformar o país seria a educação. O desafio é muito grande, mas a gente gosta desse processo de construção do conhecimento mesmo com as dificuldades”, avalia o educador.

Arquivo Pessoal

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Já Jéssica diz que, por causa dessa desvalorização e cortes recentes na educação e na ciência, tem pensado em deixar o magistério. “Tenho pensado seriamente se devo continuar. Gosto muito do que faço, mas sinto que a cada ano a situação tem piorado”.

Arquivo Pessoal

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ENSINO NA PANDEMIA – Os professores do ensino superior também tiveram que adaptar as metodologias de ensino durante a pandemia de covid-19 e aderiram ao sistema remoto. Nealla Machado (30) é professora do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e conta como foi enfrentar esse desafio para alunos e professores.

“A pandemia trouxe muitas dificuldades para todos nós. Nesse momento de afastamento social, tivemos que estar presentes na vida dos alunos, pois muitos pegaram a covid, tiveram parentes com a doença, sofreram com perdas, desemprego, depressão. Então, a atenção com a parte humana também teve de ser renovada”, explica.

Reprodução | Redes Sociais

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Nealla durante sua primeira banca como coorientadora de Trabalho de Conclusão de Curso de forma remota.

Outros perrengues enfrentados pelos alunos, sendo eles do ensino fundamental, médio ou superior, foram a deficiência de conexão de internet, estudantes sem possibilidade de conexão, a falta de computadores para acompanhar as aulas, além da parte psicológica.

Além disso, a tecnologia não substitui o calor humano que somente a presença dos alunos traz. “O trabalho foi dobrado. Tive que aprender a me virar com as tecnologias, para gravar minhas aulas e disponibilizar aos alunos, e o contato com eles fez muita falta”, explica Jéssica.

Outro fator que dificulta o ensino remoto é que na faculade as metodologias utilizadas para preparar o educador são pensadas para a educação presencial e não de forma virtual. No entanto, os três profissionais garantiram que nada é mais gratificante que perceber a evolução e o crescimento de cada aluno. Os professores seguem em frente com esperança de dias melhores e principalmete, lutando por eles. 

*Estagiária sob a supervisão da editora Cátia Alves

Álbum de fotos

Arquivo Pessoal

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Reprodução | Redes Sociais

Arquivo Pessoal

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