Os casos de covid-19 voltaram a subir em todo o mundo nas últimas semanas. Encontrada pela primeira vez no Brasil no último dia 5, a subvariante da cepa ômicron, BQ.1, pode ser a responsável por esse crescimento. Mato Grosso ainda não está no radar preocupante em relação ao aumento de casos, mas as Secretarias de Saúde pedem para a população se cuidar e, quem ainda não está vacinado, procurar as unidades de saúde.
A subvariante já está presente em 49 países, já com registro de mortes. No Brasil, sua primeira vítima fatal foi uma idosa, de 72 anos, com comorbidades, que ficou internada por 7 dias e morreu no último dia 9.
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Especialistas estão preocupados com a nova subvariante por apresentar sintomas leves parecidos com um resfriado. O Estadão Mato Grosso conversou com a infectologista Marcia Hueb, que explicou que a subvariante BQ.1 é rapidamente transmitida por conseguir entrar nas células humanas com mais facilidade, exigindo assim mais atenção da população.
“As novas variantes têm sido mais relacionadas a sintomas respiratórios. Podem se confundir com resfriados e até com a gripe por influenza. Em caso de suspeita, a pessoa deve já se isolar e usar máscara, até fazer o exame para confirmar ou afastar a hipótese”, alerta a infectologista.
O Brasil registrou um aumento de 120% dos casos registrados nesta semana em relação a semana anterior. Este crescimento pode estar relacionado aos feriados e das eleições, momento com grande movimento de pessoas em locais fechados.
"É possível termos uma nova onda de casos, menor e menos letal que as ondas iniciais da covid-19. Já se observa essa tendência de aumento de frequência de exames positivos, de registro de casos, mas com pouco aumento das hospitalizações, decorrente do discutido acima [avanço da vacinação]. O tempo entre eventos com concentração de pessoas e a constatação dessa tendência de aumento costuma ser em torno de 2 semanas. Mas isso se o vírus já estiver circulando. Em nosso caso, parece que a introdução está se dando lenta e gradualmente, temos que observar", destacou.
Para se proteger, a vacinação e os cuidados continuam sendo os únicos aliados. A entrevistada acredita que em breve as novas vacinas já terão informações genéticas das novas variantes, reforçando ainda mais na defesa contra a covid-19.
É importante lembrar que só a vacinação em massa é capaz de controlar a circulação do vírus. A aplicação da 4º dose já está disponível para o grupo de 30 anos ou mais desde quarta-feira (16), a fila estava emperrada há 3 meses no grupo 40 anos ou mais. A demora no andamento da fila dos grupos aptos a se vacinar prejudica o esquema de imunização, pois a demora na vacinação de outros grupos de adultos implicam em um aumento no números de infectados.
Com os aumentos, a cidade Acorizal (70 km de Cuiabá) voltou a apresenta risco alto de transmissão, só nos últimos 14 dias foi confirmado 17 novos casos, o que representa alto índice para uma cidade de 5.399 pessoas. As cidades Feliz Natal, Barra do Bugres, Nortelândia, Pontes e Lacerda, Figueirópolis D' Oeste e Cocalinho apresentaram nível moderado de trasnmissão.
*Estagiária sob a supervisão do editor Tarley Carvalho
