Com faixas, cartazes e camisetas brancas, moradores do Bairro Pedra 90, em Cuiabá, realizaram uma passeata na tarde deste sábado (25), pedindo Justiça pela morte de Emily Bispo da Cruz, 20 anos. Ela foi morta pelo ex-namorado no dia 16 de março, em frente ao filho, no meio da rua e em plena luz do dia.
Os manifestantes também pediam pelo fim da violência contra a mulher.
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"Luto por Emily. Justiça por todas as mulheres que perderam a vida", dizia um dos cartazes. "Somos o grito das que não estão mais aqui", afirmava outro.
O ato contou com a presença e apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), que lembrou que Mato Grosso está no topo no ranking nacional de violência doméstica e familiar.
“O combate à violência contra a mulher é uma luta de todos. Temos que unir forças e impedir que mulheres continuem sendo vítimas dessa brutalidade. Mato Grosso tem que sair deste quadro vergonhoso, sendo o Estado que mais agride e mata mulheres. Nós não queremos mais isso", disse.
"O que está sendo feito aqui, com a participação da sociedade se movimentando, também temos que fazer em outros lugares para mostrar que ninguém aceita mais isso, vamos acabar com essa cultura de violência, homem não pode agredir e nem matar mulheres”, completou.
RELEMBRE O CASO
Emily Bispo da Cruz, 20, foi morta a facadas pelo ex-namorado, Antônio Aluizio da Conceição Marciano, 20. A vítima foi esfaqueada na rua quando estava levando o filho de 4 anos para a escola. A criança presenciou o crime.
Antônio Aluízio se entregou à Polícia no mesmo dia. Ele tinha medo de se tornar alvo de uma facção criminosa, devido ao crime brutal que cometeu.
Imagens registradas por câmera de segurança mostram que o suspeito teve uma breve discussão com a vítima, antes de começar a esfaqueá-la. O filho de Emily permaneceu segurando a mão da mãe, enquanto Antônio a atacava.
Emily foi socorrida com perfurações no tórax, abdômen e braço. Ela morreu pouco após dar entrada na policlínica do Pedra 90.
DOIS CASOS EM 2023
Somente neste primeiro trimestre de 2023, o bairro Pedra 90 registrou dois casos de feminicídio. Em janeiro, Maria de Almeida Gonçalves, 68 anos, foi assassinada dentro da própria casa. O autor do crime, José Carlos Jesus da Silva, foi preso em flagrante.