O governo de Mato Grosso suspendeu todas as normas que se referem à biossegurança no Estado, exceto a utilização do uso de máscara, que continua sendo exigida em todos os locais públicos e privados. Agora, eventos estão permitidas e cabe a cada cidade decidir por seguir ou não a flexibilização. As regras alteradas por meio do decreto n.º 1.134 foram sancionadas pelo governador Mauro Mendes (DEM) e começaram a valer nesta segunda-feira (4).
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Conforme o documento, um dos motivos que fez com que o Estado ‘afrouxasse’ as determinações foi de que nas últimas semanas houve diminuição nos casos de infecção e mortes ocasionados pela doença.
Com isso, o governo revogou os decretos n.º 407, 413, 462, 510, 521, 537, 658, 680, 783, 837 e 874. Esses documentos foram criados e alterados desde o início da pandemia e remetem-se às determinações como distanciamento de pessoas, utilização de álcool e aferidor de temperatura, e outras medidas de prevenção.
De acordo com informações do Alencastro, até o domingo, 3 de outubro, Mato Grosso registrava 106 internações em UTIs públicas e 65 em enfermarias. Já a taxa de ocupação de leitos estava em 33% para UTIs e 11% em enfermarias. A vacinação completou a imunização de 35,81% da população da federação.
Cuidado com a medida
Para Diego Xavier, epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é necessário haver cuidado por parte do governo ao fazer um "libera geral", como feito agora. Isso porque, para ele é importante que as pessoas comecem a retornar aos poucos para a rotina vivida antes da pandemia, mas é necessário não esquecer que crise ainda não acabou e que vidas continuam sendo perdidas.
Aliado a isso, o especialista explica ainda o que pode ser feito para conscientizar a população de forma geral.
“É uma medida importante a gente fazer um tipo de flexibilização, mas temos que ter cuidados com as pessoas e com aquelas situações denominadas situação de risco. Se a gente conseguir evitar essas situações, essas medidas, a exigência, por exemplo de um passaporte vacinal, incentiva as pessoas a procurar a vacinação também”, pontua.
“Se a gente deixa que as pessoas não vacinadas continuem frequentando o mesmo lugar das pessoas que já foram imunizadas, a gente está colocando aquelas que já foram imunizadas em risco”, acrescenta.
A medida do Estado revoga tudo o que já havia sido determinado em relação à biossegurança desde o início da pandemia. Diego acredita que isso possa ser benéfico por um lado, mas também prejudicial do outro, dependendo da forma com que os municípios trabalhem.
“Se a gente faz algum tipo de flexibilização, é muito importante que as pessoas sejam orientadas. Não é possível flexibilizar festas em locais fechados, sem ventilação e sem uso de máscara, é nesse lugar que a gente tem maior contaminação pela doença. Esse é o local mais perigoso”, exclama.
Por fim, o epidemiologista destaca ainda que o decreto não pode e não deve passar às pessoas uma falsa sensação de liberdade.
“Não adianta fazer um super decreto liberando tudo. Não é o caminho, não é um caminho adequado. A gente precisa entender que a doença vai continuar aí, não vai embora por causa de decreto, não é decreto que fez e nem vai fazer a doença sumir”, conclui.