A prefeitura de Cuiabá decidiu por não vacinar os adolescentes da cidade, que pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) seriam os próximos a se imunizar contra a covid-19. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (21) pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que disse que deverá seguir o que for determinado pelo Ministério da Saúde.
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Atualmente, há um impasse entre os dois principais órgãos que regulam essa situação no Brasil. Enquanto Ministério da Saúde é contrário à vacinação deste grupo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que a imunização nos menores de idade seja continuada. Ao ser questionado sobre isso, o emedebista disse não ter dúvidas sobre qual determinação irá seguir.
“Mas aí até então sempre a minha orientação para o comitê [de saúde] é seguir o Ministério da Saúde que sempre chancela as pessoas técnicas da Anvisa. Então se está havendo [isso] por enquanto para suspender”, cita.
Cuiabá está vacinando o grupo de pessoas com idades entre 18 e 24 anos. O prefeito chegou a anunciar o início da imunização de adolescentes, mas, com a nova determinação do Ministério da Saúde, o procedimento foi barrado.
Em âmbito nacional, o assunto ainda não é consenso. Há capitais que suspenderam a vacinação e há aquelas que continuam o procedimento. Outras, no entanto, definiram por continuar o processo.
Outra recomendação do Ministério da Saúde é em relação à 3ª dose, ou dose de reforço, que deverá ser aplicada às pessoas com maior risco de complicações e morte da doença, como idosas e imunossuprimidas (que possuem o sistema imunológico mais debilitado).
“Eu estou trabalhando muito para começar a terceira dose dos idosos. Acelerar dos jovens de 18 a 24, que está indo em um ritmo bom. E estou trabalhando muito, pelo menos para lançar, queria lançar essa semana e não deu. Estou trabalhando para semana que vem, se possível, começar pelo menos a imunização dos idosos de 85 anos, a terceira dose (...) aqui em Cuiabá”, pontuou.
Ainda sobre a vacinação de adolescentes, o prefeito descartou o boato de que esse procedimento fosse resultar na falta de imunizantes para concluir a vacinação de outros grupos em relação à segunda dose.
“O que nós vimos é que em 20 de janeiro quando começou a vacinação, até hoje, houve uma evolução rápida da quantidade de doses por semana (...) hoje está um ritmo muito bom, não está o ideal, mas está um ritmo bom. Pelo menos como gestor de Cuiabá, eu não vejo falta de vacina não, pelo contrário, eu estou até vendo uma estabilidade”, conclui.
