Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (25) pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostra que 43% dos brasileiros avaliam que o governo agiu mal ao acabar com o Bolsa Família e criar o Auxílio Brasil para substituí-lo. Outros 41% afirmam que a mudança foi positiva.
A pesquisa foi realizada entre 13 e 16 de dezembro e ouviu 3.666 pessoas em 191 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para baixo ou para cima.
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Considerando a margem de erro, os números apontam um empate. Os que não sabem representam 9%. São 7% os que avaliam que o governo não agiu nem bem nem mal ao substituir o programa.
Entre os que recebiam o Bolsa Família até outubro, 42% reprovam a medida e 44% a aprovam.
Simpatizantes do PT e críticos ao governo Jair Bolsonaro reprovam a decisão (62% nos dois casos).
Entre eleitores do ex-presidente Lula, 59% reprovam a medida. Entre as pessoas que declaram que a comida em casa tem sido insuficiente para alimentar a família, 51%.
Entre eleitores de Bolsonaro e apoiadores do governo 76% aprovam a medida. O percentual é de 58% entre empresários, 51% entre evangélicos e 51% entre pessoas que tem conseguido alimentar a família.
Segundo a pesquisa, 25% dos brasileiros eram beneficiários ou moravam com alguém que recebia o Bolsa Família até outubro. Agora, 22% estão em famílias que receberam o novo Auxílio- Brasil no mês passado ou receberiam em dezembro. A diferença entre os dois números está dentro da margem de erro.
O percentual de beneficiários do novo auxílio é maior entre pessoas de 16 a 24 anos (28%), pessoas com ensino fundamental (31%), renda até dois salários mínimos (32%), moradores do Nordeste (35%), desempregados (43%) e donas de casa (44%).
O Auxílio Brasil começou a ser pago em novembro para as 14,5 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família, que foi extinto. O valor médio em novembro foi de R$ 224,41 por família. Famílias enfrentam incertezas em relação ao valor do benefício.
Pesquisa Datafolha publicada em 16 de dezembro mostra que Bolsonaro mantém pior avaliação de seu governo, com 53% de reprovação e aprovação de 22%. Os principais partidos de apoio a ele aguardam o efeito do Auxílio Brasil de R$ 400 até meados de março para definir qual posição irão tomar a respeito de apoio à campanha da reeleição do presidente.
Inadimplência
A pesquisa Datafolha mostra inadimplência estável no final do ano na comparação com o levantamento realizado em setembro.
Oscilou de 25% para 26% a parcela dos que têm dívida atrasada no cartão de crédito. Caiu de 22% para 17% o percentual de consumidores com conta de luz em atraso. De 16% para 13% os com atraso na conta de água e de 11% para 9% os com aluguéis ou prestações de imóveis pendentes.
O percentual de atrasos na conta de gás passou de 8% para 6%. Nas prestações de veículos e mensalidades escolares, de 6% para 5%. Parcelas de planos de saúde, de 5% para 4%.
42% dos desempregados que procuram emprego e 30% da população com renda familiar de até dois salários mínimos que procuram emprego relatam atrasos no pagamento de dívidas do cartão de crédito. Entre os que ganham mais de dez salários mínimos, 10% têm débitos em atraso.
Os atrasos no pagamento da conta de luz são maiores na faixa de até dois salários mínimos (24%) e pretos e pardos (21%).