Em 1978, durante o conclave que definiria o novo líder da Igreja Católica, o cardeal brasileiro dom Aloísio Lorscheider chegou a ser escolhido com os dois terços dos votos necessários. No entanto, surpreendeu ao recusar o papado, alegando problemas de saúde, tinha oito pontes de safena. A história foi relembrada este ano pelo escritor e educador Frei Betto, num artigo publicado no seu site.
Com a recusa de dom Aloísio, o conclave elegeu João Paulo II, que lideraria a Igreja durante 26 anos, até à sua morte em 2005. A decisão veio após a súbita perda de João Paulo I, cujo pontificado durou apenas 33 dias, um cenário que Aloísio temia ver repetir-se.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Embora fosse um dos favoritos, dom Aloísio atuou nos bastidores para evitar ser novamente votado. Segundo relata o jornalista americano Tad Szulc na biografia Papa João Paulo II, o conclave vivia um impasse, e o cardeal brasileiro articulou a transferência de votos de colegas latino-americanos e africanos para Karol Wojtyla — que viria a ser eleito como João Paulo II.