O governador Mauro Mendes (União) acredita que os “mercadinhos” nas unidades prisionais do Estado prejudica o sistema de segurança pública. Na semana passada, Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou um projeto de lei que endurece a fiscalização e funcionamento de mercados e cantinas nos presídios, entretanto, o texto permite a continuidade a função nas penitenciárias.
[...] o Estado fornece quatro refeições por dia lá dentro, refeições balanceadas, custam caro, não tem porque ter mercadinho lá como já existia, que vendia o whisky, que vendia cerveja, que vende cigarro, que vende docinho, não tem que ter isso lá dentro não gente, se o cara quer beber whisky, cervejinha, cigarrinho, quer comidinha boa, fica aqui fora trabalhando e seja um cidadão decente, seja um cidadão honesto, vai pro presídio o Estado tem que tratar bem, o Estado dá quatro refeições por dia, agora não tem que ter regalia lá dentro não. Vou conversar na quarta-feira com a equipe de segurança, vai ter uma reunião do comitê do Tolerância Zero lá, nós vamos discutir esse assunto e vamos decidir o que faremos com relação a isso que tá lá na lei”, disse o governador.
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Quem defende a continuidade dos mercadinhos é o desembargador Orlando Perri, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-MT). Mendes disse respeitar a opinião o magistrado, entretanto discorda.
“[...] o desembargador Orlando Perri merece todo o nosso respeito, é um desembargador que tem muita história dentro do tribunal, mas eu acho que ele tá equivocado nesse ponto, ninguém acerta sempre, eu não acerto, ele não acerta, ninguém acerta. Acho que nesse ponto ele tá errado”, disse Mauro Mendes.
Conforme o projeto, a comercialização de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela direção da penitenciária deverá ser gerida pelos Conselhos da Comunidade, que ordenará de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pelo Estado.
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