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Saúde e Ciência Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 10:04 - A | A

Segunda-feira, 02 de Junho de 2025, 10h:04 - A | A

INFLUENZA A

Casos de síndrome respiratória aguda grave estão em alta em mais de 20 estados pelo país

g1

Enquanto a procura para a vacinação contra a gripe está baixa, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em alta em mais de 20 estados pelo país. No estado de São Paulo já tem hospital sem vaga. No estado, somente três em cada dez pessoas do grupo prioritário tomou vacina até esta segunda-feira (2). E sem proteção, a gripe atinge mais pessoas.

A grande preocupação é com idosos e crianças até 2 anos, que registram uma taxa alta de mortalidade por causa da doença.

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De acordo com a Fiocruz, os casos de SRAG por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos. Por outro lado, a incidência tem sido maior em crianças pequenas, seguida pela população idosa.

A fundação aponta que 72,5% dos óbitos por SRAG estão relacionados à influenza A.

Em Jundiaí, hospital atende com 32% acima da capacidade e apenas 38% do público-alvo tomou a vacina
 
Em Jundiaí (SP), o hospital São Vicente de Paulo, que é referência de atendimento pelo SUS para a região, tem 242 leitos, mas no momento, há 321 pacientes. Ele está com 32% acima da capacidade.

Imagens mostram que uma das salas do hospital tem pelo menos quatro pacientes em macas. Na recepção, também tem muita gente à espera por atendimento.

Segundo um dos relatos que o Bom Dia Brasil recebeu, um idoso de 74 anos esperou 11 horas para ser atendido. Essa superlotação ocorre porque as cidades do entorno estão mandando os pacientes para a região. Além do São Vicente, o Hospital Universitário de Jundiaí também está lotado e até a maternidade está sendo usada.

No fim da semana passada, a prefeitura de Jundiaí se reuniu com prefeituras dos cinco municípios que estão mandando pacientes para a região. No encontro, ficou decidido que as cidades precisam dar conta de atender essas pessoas.

O mais grave dessa situação é o baixo índice de vacinação. Em Jundiaí, apenas 38% do público-alvo tomou a dose contra a gripe.

Em São Luís (MA), vacinação do público prioritário está abaixo de 30%; estado já registrou 89 óbitos por SRAG este ano.

No Maranhão, o aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave não para de aumentar. No dia 27 de maio, o governo contabilizava 1.303 casos. No dia 30, já eram 1.680. Um aumento de 377 casos em apenas quatro dias. As crianças de até 4 anos são as mais atingidas.
Entre o público prioritário, idosos, crianças e gestantes, a taxa de vacinação está abaixo dos 30%.

Três cidades do interior do Maranhão chegaram a suspender as aulas por causa do aumento de casos. Somente neste ano, o estado já registrou 89 óbitos por síndrome respiratória aguda grave.

Um hospital de campanha começou a funcionar no fim de semana em São Luís. Ele foi montado porque outras unidades de saúde não estão dando conta de atender pacientes com sintomas respiratórios.

No primeiro fim de semana em funcionamento, foram atendidos 160 pacientes. O atendimento vai de 7h até meia-noite e é para pessoas com sintomas como tosse, febre e mal-estar. O hospital atende apenas a idosos e adultos. Não tem atendimento para crianças.

Em Porto Alegre, os postos de saúde abriram pela primeira vez no domingo, por causa do aumento de casos de doenças respiratórias. Na cidade, a cobertura entre crianças ainda é baixa, mesmo sendo o grupo com mais internações.

Somente neste domingo (1°), cerca de 290 pessoas com sintomas leves foram atendidas. E mais de 700 vacinas contra a gripe foram aplicadas. O atendimento aos finais de semana continua até o dia 31 de agosto. A partir do próximo fim de semana, as Unidades Básicas de Saúde também vão passar a abrir aos sábados.

A vacina contra a influenza está liberada para todas as idades, a partir dos 6 meses, e leva cerca de 15 dias para fazer efeito.

 

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