A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) criticou a postura do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) durante sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, realizada na última segunda-feira, 07 de julho, na Câmara de Cuiabá. Para a parlamentar, a presença de Emanuel teve tom de espetáculo, sem compromisso com respostas concretas à população. Em conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira, 08 de julho, Michelly atribuiu as dificuldades que os cuiabanos enfrentam atualmente à gestão passada.
“Emanuel faz o show dele, faz o que quer, vem com discursos populistas, brincando e zombando da população, achando que todo mundo vai cair no conto do vigário, porque é isso que ele sempre fez. Tentou enganar a população, mas os fatos estão aí. Estamos tendo que lidar com o caos e tentando amenizar o que a população vem sofrendo a há 8 anos”, afirmou.
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Segundo Michelly, o ex-prefeito tratou a sessão como uma encenação. “Ele chegou aqui como se ele fosse uma estrela de cinema, como se essa Casa fosse apenas um palco para ele atuar. É muito triste, eu até tinha esquecido que Emanuel era desse jeito”.
A parlamentar ironizou a fala de Emanuel sobre o suposto “legado” deixado para Cuiabá. “Eu não sei em que mundo ele vive. Talvez numa outra galáxia, porque não é Cuiabá. Inclusive, eu gostaria de conhecer muito essa Cuiabá que só está na cabeça dele, onde os idosos andam de Mustang e Ferrari”, disparou.
Mesmo sem fazer parte da CPI, Michelly acompanhou a oitiva e reforçou que a comissão foi criada para cobrar esclarecimentos de quem administrava a cidade. “Ele não tem compromisso com a verdade, nem com a transparência [...] a CPI tentou dar o que tinha, que era essa contrapartida para a população de responsabilização de quem deixou dívida, de quem deixou uma obra para que só começou a andar nessa gestão, dos idosos e PCDs [...] então ele veio e deu o que ele mais sabe dar, show”.
A vereadora afirmou ainda que o relatório final está em fase de finalização e será encaminhado ao Ministério Público do Estado (MP-MT). “Conversei com o presidente [da CPI, vereador] Ranalli. Vai ter indiciamento sim. Porque mesmo que ele tenha tentado desviar e não responder, ele cometeu uma improbidade usando o fundo do FPM [Fundo de Participação dos Municípios], não passando pela Câmara para a nossa autorização”.
Questionada sobre a atuação dos vereadores na legislatura anterior, Michelly disse que houve tentativas de fiscalização. “Eu tentei abrir a CPI dos Consignados [...] vimos, questionamos, cobramos. O grande lance é que nunca conseguimos abrir uma CPI na gestão passada. Tentamos inúmeras vezes [...] mas a base do prefeito o blindava e nunca deixou que a gente fizesse aquilo que deveria ser feito por esta casa, fiscalizar e investigar”, concluiu.
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