Em meio ao movimento que oficializou a pré-candidatura de Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Governo de Mato Grosso em 2026, o presidente estadual do Republicanos, Adilton Sachetti, esclareceu que lideranças importantes do União Brasil, como os irmãos Jayme e Júlio Campos, não foram convidadas para o jantar estratégico ocorrido na noite desta terça-feira, 08 de julho, em Cuiabá. Segundo ele, o evento teve caráter mais restrito, com amigos e relações mais próximas com o vice-governador. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira, 09 de julho.
“Era uma reunião com o Republicanos, com o governador Mauro Mendes e algumas lideranças amigas do Pivetta”, explicou Sachetti. "O senador Cidinho [Santos] estava lá, participou pela amizade e relação que tem com o Pivetta", disse, reforçando que outros nomes — como o deputado Paulo Araújo (PP) — também não estiveram presentes.
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As ausências chamaram atenção pela força política dos excluídos. Jayme Campos, que tem defendido abertamente que o União Brasil tenha protagonismo nas eleições de 2026, tenta construir sua própria pré-candidatura ao governo, mesmo sem oficializá-la.
“Ainda não iniciei qualquer movimentação. Mas, se colocar meu nome, seja para o governo ou para o Senado, estou muito bem avaliado”, disse Jayme recentemente.
Apesar do bom desempenho nas sondagens, o senador vive um embate interno no partido com o atual governador e presidente estadual da sigla, Mauro Mendes, que já declarou apoio a Pivetta como seu sucessor. A postura do governador, vista como imposição por aliados de Jayme, tem gerado desconforto e críticas.
“O que nós não aceitamos é ser vendido. Não aceito ser embrulhado com papel celofane e entregue como se fosse mercadoria. Eu tenho autoridade e, sobretudo, minha biografia e minha trajetória”, disparou Jayme, antes de uma reunião do União Brasil, no dia 2 de junho.
Com a aproximação do fim do mandato de Mendes, o cenário se desenha com uma disputa entre o nome escolhido por ele — Pivetta — e os setores do União Brasil que pleiteiam mais espaço e voz na decisão sobre as candidaturas majoritárias. Além disso, o União Brasil está federado ao PP, o que significa que as duas siglas caminharão juntas nas próximas eleições.
A movimentação de bastidores indica que, até 2026, ainda haverá muita disputa interna e pressão por protagonismo dentro da base aliada que hoje sustenta o governo estadual.
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