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Política Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 07:02 - A | A

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VENDENDO LENÇO

VÍDEO: PT vê briga entre Mauro e Janaina como oportunidade eleitoral

Barranco comemora racha entre Mauro e Janaina e diz que até aliança com MDB pode entrar no jogo

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Preparando uma chapa para tentar reconquistar os espaços perdidos nas eleições de 2022, o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado estadual Valdir Barranco, não esconde sua alegria ao ver a base do governador Mauro Mendes (União Brasil) se dividir. Nesta manhã de sábado, 24 de maio, o parlamentar fez questão de mostrar seu interesse na briga entre o chefe do Poder Executivo e a deputada Janaina Riva (MDB). Barranco participa da visita do presidente Lula (PT) ao município Campo Verde.

“Eu acho que o ministro Fávaro está indo mito bem para ser uma dessas vagas [ao Senado] e essa cisão entre o governador, a Janaina e outros, muito nos interessa”, afirmou o deputado ao comentar sobre as articulações para 2026.

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Embora dificilmente se torne realidade, Barranco comentou que também não fecharia as portas para uma aliança com Janaina Riva, que deverá ser a futura presidente do MDB. A briga interessa aos opositores de Mendes devido à força de seu grupo. Atualmente, o governador tem uma boa avaliação entre a população, a maior parte da classe política e, inclusive, com os demais Poderes e instituições de controle.

Embora a disputa ao Senado, cargo que Mauro pretende disputar, seja difícil e acirrada, sua vitória é dada como certa, dado o apoio que hoje centraliza.

O deputado destacou que seu partido e o de Janaina possuem um histórico de alianças e caminhadas e que as portas de seu partido só estão fechadas à extrema direita, liderada em nível nacional pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL.

Porém, vale destacar que o ex-presidente está neste partido graças à articulação do senador mato-grossense Wellington Fagundes, que tenta emplacar sua candidatura ao Governo do Estado no ano que vem, garantindo palanque a Bolsonaro – caso ele consiga reverter sua inelegibilidade – ou àquele que o ex-presidente indicar para disputar a Presidência da República.

Wellington deve ter uma batalha árdua pela frente, uma vez que não seu nome não é consenso nem mesmo entre os bolsonaristas, dos quais muitos o chamam de “melancia”, por ser verde por fora (cor de Bolsonaro) e vermelho por dentro (cor da esquerda, hoje liderada pelo presidente Lula).

Esse mesmo Wellington é sogro de Janaina e já caminhou por anos ao lado dos petistas. Inclusive, foi o candidato deles ao Governo do Estado no ano de 2018, quando perdeu para Mauro Mendes. Aliás, o nome de Fagundes foi lançado ao cargo dois anos depois de ele ser alvo dos petistas por ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), deposta em 2016.

Desde então, inclusive ainda hoje, o PT mantém o discurso de que o impeachment foi um golpe de Estado, orquestrado pelo grupo do então vice-presidente da República Michel Temer, que assumiu o mandato após o impeachment de Dilma, que é do MDB, mesmo partido de Janaina.

Hoje, as divergências entre PT e o MDB estão silenciadas, mas não mortas. O Governo Lula, por exemplo, tem a senadora licenciada Simone Tebet (MDB) como sua ministra do Planejamento. Ela integrou o apoio ao petista no segundo turno das eleições, numa coalizão nacional contra o extremismo pregado por Bolsonaro.

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