A vereadora Maysa Leão (Republicanos) afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CS Mobi possui materialidade suficiente para indiciar o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por improbidade administrativa. A afirmação foi feita um dia após o ex-gestor comparecer à Câmara, nessa segunda-feira (08.07).
A comissão investiga um contrato entre a Prefeitura e a empresa CS Mobi, que opera o estacionamento rotativo no Centro de Cuiabá. O contrato é de 30 anos e, segundo alguns parlamentares, pode ultrapassar R$ 1 bilhão com reajustes e correções previstas no contrato.
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A vereadora Maysa Leão avalia que as respostas dadas por Emanuel na CPI foram muito vagas. “[O ex-prefeito] demonstrou que ele não teve a preocupação em se preparar, em ler o contrato, trazer as minúcias, deu respostas vagas e deixou muito claro para nós, que nós temos materialidade para um indiciamento por improbidade administrativa”, disse.
Ela também disse ser contra uma acareação entre o ex-prefeito e o ex-procurador-geral do Município, Benedicto Miguel Calix Filho. Na CPI, o ex-PGM disse ter alertado o prefeito que o contrato precisaria passar por votação na Câmara de Vereadores, já que um fundo municipal foi nomeado como garantia de contrapartida no contrato. O prefeito nega que tenha recebido o alerta da PGM. Segundo a vereadora, uma acareação iria protelar o relatório final.
Maysa disse ainda que Emanuel foi debochado ao se referir a isenção do estacionamento para idosos e pessoas com deficiência. Em seu depoimento, Emanuel disse que idosos andam de carro de luxo no Centro da cidade. A vereadora rebateu o gestor e disse que essa não é a realidade da maioria dos idosos de Cuiabá.
“Muitos vivem de aposentadorias, têm dificuldades, têm o seu dinheiro gasto praticamente em remédio e numa vida básica. Então, a gente precisa ser realista, ele foi desrespeitoso, demonstrou na gestão dele que não teve a preocupação de fazer a isenção”, afirmou. Maysa disse ter pedido ao prefeito Abilio Brunini enviar à Câmara um projeto de isenção.
A vereadora afirmou ainda que a CPI deu palco para o ex-gestor, mas a convocação foi necessária para garantir o direito de defesa. “A CPI poderia ter sido cancelada por não ter dado o direito de defesa ao ex-prefeito Emanuel Pinheiro. Então, com responsabilidade para o andamento da CPI, nós tivemos que convocá-lo, embora não fosse o meu desejo”, afirmou.
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