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Política Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 12:30 - A | A

Quarta-feira, 11 de Junho de 2025, 12h:30 - A | A

FRAUDE DOS EMPRÉSTIMOS

VÍDEO: Max Russi se opõe à CPI dos Consignados e critica participação de Basílio em apurações

Presidente da ALMT diz que momento para instalar CPI já passou e que investigações devem ficar com TCE, MP e Polícia

Maiara Max

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Após o escândalo dos consignados ter sido denunciado por diversos sindicatos no começo do mês de maio, parlamentares cogitam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na busca de apurar a investigação da revisão das consignações em folha de pagamento dos servidores públicos estaduais. A proposta, porém, não tem apoio do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), que pondera já ter passado o momento para este tipo de procedimento. Para ele, as investigações que estão sendo feitas pelos órgãos de controle já é o suficiente. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira, 11 de junho.

“Sou contra. Acho que o clima para CPI, eu já falei aqui, o clima para CPI a gente perdeu. No primeiro momento, a Assembleia poderia e deveria ter feito a CPI. Porque aí nós traríamos os órgãos de controle e de fiscalização para dentro da CPI. Não foi feito. Então, deixou-se o TCE [Tribunal de Contas do Estado] fazer lá uma câmara técnica, a gente tem que acreditar no trabalho do TCE. A Polícia Civil faz um trabalho muito forte, muito bom também, e o Ministério Público [do Estado].”

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O parlamentar argumenta que não vê espaço para que uma CPI na Assembleia avance mais do que as apurações já realizadas pelos três órgãos.

Russi afirmou ainda ter sugerido a criação de uma comissão por parte do Governo do Estado, mas criticou a condução da apuração por um secretário da própria gestão.

“[...] o Estado montou uma comissão para fazer essa investigação. Essa comissão não pode ser presidida pelo secretário. Entendeu? Então a gente precisa, qualquer comissão montada pelo Estado tem que ser com servidores ausentes.”

“Se eu tiver um problema aqui numa secretaria da Casa, seja ela qual for, eu não vou colocar um secretário meu dessa secretaria para fazer investigação nessa secretaria. Vou colocar de outras, do controle interno, de outros órgãos dentro da casa que tem responsabilidade.”

Segundo o deputado, a Controladoria-Geral do Estado (CGE) tem capacidade de conduzir as apurações, e o Governo já teria tomado providências com base nas investigações.

“O Estado tem uma CGE que é bastante atuante, que tem condição de fazer qualquer levantamento, qualquer apuração e já eu acho que já foi feito várias coisas nesse sentido, porque o Estado já suspendeu um banco, depois suspendeu mais dois, enfim, já fez algumas tratativas fruto desses dessas investigações.”

Questionado se teria pedido ao governador Mauro Mendes (União Brasil) a troca do secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, Max Russi negou qualquer solicitação nesse sentido. Apesar disso, reforçou que o titular da pasta não deveria participar das apurações sobre possíveis irregularidades dentro da própria secretaria.

“Agora, eu posso não concordar com o secretário, como eu falei, participe de uma investigação na secretaria onde teve o problema. E não é só ele, eu não concordaria que aqui dentro da Assembleia ou qualquer Prefeitura, se teve um problema numa secretaria, no mínimo, o secretário dessa secretaria não pode fazer parte da investigação".

VEJA VÍDEO:

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