O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE), Sérgio Ricardo, manifestou preocupação com a possibilidade de fechamento da Santa Casa, como foi divulgado pelo governador Mauro Mendes (UB) nas últimas semanas, principlamente diante do impacto que a medida teria sobre o atendimento pediátrico.
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“Fechar a Santa Casa é impensável. São 250 crianças atendidas por dia. É o único pronto-socorro infantil com portas abertas”, destacou.
Sérgio Ricardo lembrou que o hospital é administrado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), responsável por gerir os recursos para quitação de dívidas trabalhistas, que chegam a R$ 300 milhões. Atualmente, o TRT recebe R$ 500 mil por mês da estrutura estadual para esse fim.
“Já solicitei uma audiência com o TRT. Convidei também a Câmara Municipal. O Estado precisa assumir o papel. O Hospital Central ainda não está pronto e nem será porta aberta. Vai demorar muito para ele chegar no nível do que a Santa Casa atende hoje.
O conselheiro afirmou que o TCE não tem poder de decisão sobre o fechamento, mas pode sugerir e orientar juridicamente. Ele reforçou que o governo estadual, que já realiza repasses, tem mais condições financeiras de assumir a estrutura.
“O Estado é o primo rico. Já está pagando. Que assuma. Não podemos fechar sem apresentar uma alternativa válida.”
Por fim, Sérgio disse que a Santa Casa é patrimônio histórico de Cuiabá, e que o momento exige força institucional e responsabilidade: “Já vi brigas internas, servidores em conflito, mas nunca fecharam. Não sei o caminho ainda, mas sei que ela não pode fechar.”
A expectativa é que nos próximos dias haja agenda com o TRT e novos encaminhamentos para garantir a continuidade do atendimento.
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