A Comissão Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, presidida por Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), votou pela cassação do vereador Paulo Henrique (MDB) por quebra de decoro parlamentar. Ele foi preso por suposto envolvimento com o Comando Vermelho. Nesta sexta-feira, 6, a comissão se reuniu e agora o processo segue para o presidente da Casa, Chico 2000 (PL), colocar em votação.
Paulo Henrique foi preso no último dia 20 de setembro, na Operação Pubblicare, por ser suspeito de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho, em um esquema que envolve a lavagem de dinheiro em casas noturnas da capital.
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É possível que na sessão da próxima quinta-feira, 12, os vereadores votem pela cassação do vereador Paulo Henrique. Isto porque o vereador foi afastado do cargo após a prisão e o afastamento deixou o presidente da Casa na dúvida sobre o andamento do processo.
Chico contou que a dúvida dele é para saber se o caso está dentro dos limites da lei cassar um vereador que está afastado por ordem judicial. Todavia, ele garante que, se estiver "dentro dos conformes", o processo será votado imediatamente no plenário da Casa.
“A Procuradoria dando “ok”, de que o processo está correto e que pode, sim, deve ser votado pelo plenário desta Casa. Estará na pauta na sessão seguinte, como sempre estiveram todos os procedimentos”, afirmou.
Nesta sexta-feira (6), o juiz da Sétima Vara Criminal, Jean Bezerra, permitiu que o vereador Paulo Henrique compareça à Câmara no dia da sessão de julgamento do relatório no plenário e realize a sua defesa. Ainda não há informações se o parlamentar afastado irá comparecer e realizar a sua defesa.
SOBRE A OPERAÇÃO
Paulo Henrique é um dos alvos da Operação Ragnatela, deflagrada no dia 5 de junho para cumprir mais de 40 mandados, entre prisões preventivas e busca e apreensão. As investigações apontaram para um esquema de compra de casas noturnas e realização de eventos em Cuiabá para a lavagem de dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho. As investigações apontam que o grupo tenha lavado cerca de R$ 40 milhões, provenientes do tráfico de drogas e de outras ações criminosas.