O deputado federal Nelson Barbudo (PL) afirmou que a direita não irá se acovardar diante do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e prometeu uma reação similar à que houve contra os ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Collor, que foram afastados do cargo por impeachment. Em entrevista neste domingo, 3 de agosto, o parlamentar também disse acreditar na anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e defendeu a absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração foi dada durante manifestação realizada por apoiadores de Bolsonaro na Praça 8 de Abril, em Cuiabá. O ato fez parte de uma mobilização nacional contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra Alexandre de Moraes, além de pedir anistia aos presos pelos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em Brasília e defender Bolsonaro, que responde por tentativa de golpe de Estado. Protestos semelhantes ocorreram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
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“O Brasil é do povo, o povo manda nessa pátria. Não é um cidadão togado [Alexandre de Moraes] que vai amedrontar e tirar o nosso direito à liberdade e nosso direito de se manifestar”, disparou o deputado.
Barbudo também fez críticas à atuação do Judiciário e afirmou que há interferência entre os Poderes. Ele também disse acreditar que a população irá reagir contra Lula e Moraes, insinuando inclusive um impeachment do presidente.
“Nós estamos vivendo uma fase muito perigosa no Brasil onde não está havendo a separação e a independência dos poderes. E quando isso não acontece, o povo reage. Foi assim com o Collor, foi assim com a Dilma e vai ser assim com o ‘nove dedos’ [Lula]. Nós não vamos aceitar que eles transformem esse país numa republiqueta de banana igual a Venezuela”, afirmou.
O deputado defendeu que Jair Bolsonaro seja absolvido e classificou como “aberração jurídica” o julgamento do ex-presidente pelo STF.
“Bolsonaro tem que ser absolvido. Que crime Bolsonaro cometeu? Outra coisa: quem julga civil é a primeira instância. Quando o ladrão foi julgado, ele foi julgado em Curitiba, depois recorreu ao TJ, ao STJ e ao STF. Por que que o Bolsonaro, sendo um civil, tem que ser julgado pelo STF? É uma aberração jurídica.”
Confiante na aprovação da anistia, ele também afirmou que os condenados pelos atos de 8 de janeiro deverão ser ressarcidos futuramente. Barbudo também disse que Bolsonaro voltará em 2026 para ser candidato à presidência da República.
“Tem mais uma coisa: vai haver anistia e os condenados, inclusive de Mato Grosso, vão ter que ser ressarcidos. O STF não tem direito, não tem autonomia para julgar civil. Como é que o jornalismo brasileiro permite e ainda bate palma para o STF julgar cidadão aqui do nosso estado. Então, o processo do Bolsonaro é nulo e muito provavelmente ele vai ser nosso candidato a presidente”, concluiu.
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