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Política Sexta-feira, 20 de Junho de 2025, 17:58 - A | A

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DOENÇA CRÔNICA

VÍDEO: Após críticas, Michelly compara obesidade ao câncer e defende tratamento gratuito

Emenda parlamentar destina R$ 1,2 milhão para distribuição de Mounjaro em Cuiabá

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Após anunciar uma emenda parlamentar de R$ 1,2 milhão para a distribuição do medicamento Mounjaro, utilizado no tratamento contra a obesidade, na rede pública de Saúde, a vereadora Michelly Alencar (União Brasil) rebateu críticas sobre o tratamento gratuido para obesos ofertado pela Prefeitura de Cuiabá. Segundo ela, o tratamento da obesidade é tão importante quanto o tratamento contra o câncer.

As críticas à compra de Mounjaro para distribuição no SUS vieram logo após uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) apontar falta de medicamentos em algumas unidades de saúde de Cuiabá.

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“Eu acredito que os dois são extremamente importantes. Dipirona é importante? Muito. Eu sou fiscalizadora da saúde e sempre lutei por isso. Mas, o Mounjaro também é importante. As pessoas morrem por obesidade, estamos falando de uma doença crônica. Cuiabá é a 4ª capital do país com maior índice de obesidade”, defendeu a parlamentar.

Michelly lembra que a dipirona já é de responsabilidade do município, enquanto os medicamentos utilizados no tratamento contra a obesidade não são disponibilizados pela rede pública.

“A dipirona já é uma responsabilidade da gestão, e eu estou destinando emenda para salvar vidas. Eu poderia, por exemplo, destinar emenda para fazer uma corrida, para fazer um torneio de futsal, um amadorzão, mas eu estou destinando para o tratamento de uma doença crônica, de uma doença séria que mata as pessoas”, defendeu.

A parlamentar disse enfatizou que o uso do Mounjaro não é uma questão estética, mas de saúde, já que a obesidade é considerada fator de risco e pode desencadear uma série de outros problemas médicos.

“Estão achando que é para deixar as pessoas mais bonitas. Não é isso. É para combater uma doença crônica e grave, que leva a problemas cardíacos, AVCs [Acidente Vascular Cerebral] e morte. Essas pessoas têm menos importância do que uma pessoa que morre de câncer? Quer dizer que eu tenho que ter compaixão por quem morre por outra doença e não por obesidade?”, explicou.

Por fim, ela lembra que o remédio deve ser acessível e que vai proporcionar um tratamento que, até então, apenas os ricos tinham.

VEJA O VÍDEO:

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