Lumar Costa da Silva, condenado por matar e arrancar o coração da própria tia em um crime brutal, teve sua desinternação autorizada pela Justiça. A decisão do último dia 20 de junho, determina que ele deixe o regime de internação psiquiátrica do Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (CIAPS) e passe a cumprir medida de segurança em tratamento ambulatorial intensivo, na cidade de Campinápolis (SP), sob a supervisão do pai, que foi designado como seu curador.
Segundo laudos anexados ao processo, Lumar sofre de transtorno mental crônico, persistente e incurável, mas atualmente apresenta estabilidade clínica com juízo crítico preservado. Ainda assim, os exames apontam que ele não teve cessação da periculosidade, o que exige acompanhamento contínuo por equipe multiprofissional, uso de medicação psicotrópica e acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
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A decisão judicial impõe uma série de condições ao paciente, como comparecimento mensal ao CAPS, proibição de deixar a comarca sem autorização, proibição de frequentar locais inapropriados e de fazer uso de bebidas alcoólicas ou drogas. A medida terá validade inicial de um ano, período ao fim do qual será feita nova avaliação de periculosidade.
O juiz da 2ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Fernandes Fidelis Neto, também determinou que o caso seja transferido para a comarca de Campinápolis, onde Lumar será acompanhado por autoridades locais de saúde mental e monitorado judicialmente.
O crime cometido por Lumar, chocou o país, e gera debate pela complexidade dos casos que envolvem saúde mental e justiça criminal.
O CRIME
Maria Zélia da Silva, de 55 anos, morreu em julho de 2019, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Depois, do crime, o assassino ainda levou o coração da vítima e o entregou para uma filha dela.
Ele foi internado no Adauto Botelho no dia 5 de outubro de 2023. À época, ele foi transferido da Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como "Ferrugem", em Sinop, para o Adauto Botelho.