O prefeito Abilio Brunini (PL) levantou suspeitas sobre a relação das empresas Águas Cuiabá e das companhias de transporte coletivo de Cuiabá e os antigos diretos da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (extinga Arsec). A declaração de Abilio foi feita nesta segunda-feira, 2 de junho.
A fala do prefeito ocorreu após a Águas Cuiabá ter provocado o Ministério Público de Mato Grosso para questionar a lei que extinguiu com a Arsec e criou o “Cuiabá Regula”. O MP, por sua vez, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei que criou o Cuiabá Regula. O órgão também pede uma liminar para suspender a lei.
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Abilio ainda questionou o fato de o advogado das empresas de ônibus, Alexandre Bustamante, ser o ex-presidente da Arsec. Além disso, seria Bustamante também o defensor de dois ex-diretores da Arsec, Alexandro Adriano e Zito Adrien, que ingressaram com um pedido na Justiça para permanecer no cargo. No entanto, o pedido de liminar foi negado pela Justiça.
As informações citadas pelo prefeito são referentes a duas ações distintas, que é a da Águas Cuiabá ter acionado o MP que, por sua vez, entrou com uma ADI e o pedido de Zito Adrien e Alexandro Adriano Lisandro de Oliveira para permanecerem em seus cargos, este último já negado pela Justiça. Bustamante também é advogado de uma das empresas de ônibus.
“O Bustamante é advogado das empresas de ônibus, que tá advogando pro Alexandro e pro Zito contra a Prefeitura, para poder manter eles lá, sabendo que esse ano é um ano de revisão tarifária, de fazer o recálculo de como que vai ficar a tarifa do transporte público, como que vai ficar os serviços de águas”, disse Abilio.
“Qual o interesse da Águas Cuiabá e das empresas de transporte público em manter esses caras lá? Será que esses caras estavam regulando mesmo ou eles estavam trabalhando para serviço da empresa? Essas questões precisam ser investigadas. Essas questões precisam ser avaliadas, pois levanta muita suspeição”, provocou o gestor.
O gestor disse ainda que, caso a Justiça acate o pedido do MP para suspender a criação do Cuiabá Regula, ele pretende recorrer. Abilio diz que só vê o retorno da Arsec como última possibilidade, caso obrigado pela última instância judicial. Ele defendeu a criação do Cuiabá Regula, dizendo que está dentro da lei.
“Só se for obrigado, nas últimas instâncias, eu voltar com a Arsec, eu voltarei. Mas, aquilo que me permitir fazer as mudanças necessárias, nós vamos lutar pra fazer. Quando a gente percebe que a própria Águas Cuiabá e o advogado das empresas de ônibus estão interessados em manter esses caras lá, alguma coisa não tá dando certo”, afirmou.
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