Após a vereadora Maysa Leão (Republicanos) pedir a reativação da câmara hiperbárica no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o prefeito Abilio Brunini (PL) justificou o rompimento do contrato e criticou o serviço prestado. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 08 de julho, Abilio apontou suspeitas na contratação e questionou a eficácia no atendimento.
Segundo Abilio, o contrato era firmado por adesão de ata com uma empresa ligada à família de Pedro Henry, ex-deputado federal condenado no escândalo da Operação Sanguessuga.
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“Foi um contrato feito com ele de R$ 1 milhão por mês para um tratamento que não estava sendo comprovado a sua eficiência pelos médicos do próprio hospital”, declarou.
Abilio disse que o contrato foi encerrado após avaliação da equipe médica, que optou por alternativas mais eficazes e com custo reduzido. “Ao invés de gastar R$ 1 milhão por mês com um contrato com a família do Pedro Henry, que foi uma adesão de ata, muito estranho, inclusive, [...] a Prefeitura através do seu corpo clínico de médicos, acabou escolhendo um outro caminho, e o caminho que eles escolheram foram um tratamento um pouco mais eficaz, com curativos mais eficientes, com equipamentos mais eficientes, materiais mais eficientes”, explicou.
O parlamentar citou ainda que o médico Eduardo Andraus, secretário-adjunto de Complexo Regulador e Atenção Hospitalar, encaminhou áudio e documentos a uma vereadora, sem citar nome, explicando a mudança de conduta. “Eu não sou médico, mas os médicos estavam tomando essa decisão em conjunto. E esse contrato com Pedro Henry ficou meio estranho, aí a gente acabou optando por desfazer esse contrato”, completou.
A discussão sobre o tema teve início na sessão desta terça-feira (8), quando a vereadora Maysa Leão apresentou uma indicação formal à secretária de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio, pedindo a reativação da câmara hiperbárica no HMC. Ela alertou para a ausência do equipamento, considerado essencial no tratamento de queimaduras, necroses e lesões graves, e destacou o impacto direto na vida dos pacientes.
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