Os vereadores de Cuiabá aprovaram nesta quarta-feira (22), na penúltima sessão do ano, uma mensagem do Executivo que concede reajuste da verba indenizatória (VI) a todos os funcionários comissionados do município.
O presidente da Câmara Municipal, Juca do Guaraná (MDB) decidiu colocar um “pacotão” de projetos e mensagens para serem votados na sessão, com o intuito de “limpar pautas” e entrar em recesso antes do Natal.
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Entre as matérias colocadas em apreciação estava o reajuste para 781 servidores comissionados. A oposição tentou travar a votação com um pedido de vistas feito pelo vereador Diego Guimarães (Cidadania), mas o presidente negou o pedido, já que atualmente a concessão de pedidos de vistas é facultativa.
A negativa de Juca causou uma revolta nos demais vereadores, que iniciaram uma discussão no parlamento. O presidente suspendeu a sessão. Após meia hora de paralisação, Juca retornou com a sessão e o projeto foi aprovado por 15 votos contra 4.
“É mais um absurdo, um cavalo de Troia, um presente de grego que está dando à população perto do Natal, depois de um ano de tanto escândalo e corrupção na administração. Esses cargos são indicações são dos próprios vereadores e dificilmente uma matéria dessa não passaria pela Casa”, declarou Diego, descontente com a situação.
Com a aprovação do projeto, a prefeitura terá uma despesa adicional de R$ 59 milhões para o pagamento do benefício. O líder do prefeito na Câmara, Mário Nadaf (PV) chegou a exemplificar o ganho do servidor com o reajuste, dizendo que um cargo de CDGA-4 com R$ 5,7 mil passará a receber R$ 6.571,43 de verba indenizatória.
Dilemário Alencar (Podemos) e Michelly Alencar (DEM) reclamaram da “manobra” de Juca, que não permitiu uma maior discussão e análise do projeto. Já Edna Sampaio (PT) também reclamou com a base do prefeito, alegando que Cuiabá é maior que o poder concedido para alguns vereadores fazerem indicações de comissionados.