O governador Mauro Mendes (DEM) falou que não irá mais conversar com os policiais penais que estão há 12 dias em greve buscando reajuste salarial. Mauro confirmou o fim das negociações nesta terça-feira (28) e se mostrou indignado com o movimento paredista.
Mendes afirmou que os policiais estão descumprindo inúmeras decisões judiciais e que o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) está entrando em uma situação delicada, que penaliza várias pessoas.
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“Só lamento e não tenho nada a acrescentar daquilo que foi dito a eles no início [...] Foi dito na reunião com toda clareza, tem uma proposta hoje, se entrar em greve a proposta está zerada, não existe mais proposta e eles tomaram o caminho número dois, então hoje não tem mais proposta”, disse o governador sobre a reunião que o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, e o secretário de segurança Alexandre Bustamante tiveram com representantes da categoria no início do mês.
Os policiais cobram que sejam recebidos pelo governador, mas Mauro rebateu dizendo que não tem condições de atender em reunião todos que o procuram e que o que foi conversado com os seus secretários estava devidamente combinado e autorizado por ele.
Mauro criticou que a greve seja por aumento de salário e comparou dizendo que hoje um policial penal ganha praticamente igual a um policial militar e que o ganho do policial penal está quase igual na maioria das faixas, só na primeira que eles entram que não é equiparado.
“Se eu der um aumento e eles ganharem mais que um policial militar ai impossível e eles não podem fazer greve. Policial não pode fazer greve, aí se eu der aumento o policial militar faz greve e pede aumento, aí eu dou o aumento, o policial civil faz greve e vai ser o ano inteiro de greve e é o cidadão que paga essa conta. Não tem nada que a gente pode fazer [...] Então todo mundo que parar o governo dá aumento? Não tem como”, declarou.
Por fim, o governador afirmou que teme que as unidades prisionais virem um barril de pólvora e que os detentos possam se rebelar, mas caso isso aconteça, Mauro falou que os policiais penais vão ser responsabilizados por isso, porque tem decisões judiciais que obrigam o retorno imediato das atividades.
