O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig-MT), Antônio Wagner, afirmou que o Banco Central deve ser acionado para investigar irregularidades em empréstimos consignados. O escritório que representa os sindicatos deve acionar a Diretoria de Fiscalização e Controle do BC nesta quarta ou quinta, 4 e 5 de junho.
Segundo o sindicalista, há cerca de 300 operações que, comprovadamente, não foram incluídas no sistema Registrato do Banco Central, que o é procedimento obrigatório. Além disso, há empresas que atuam como bancos comerciais, mas não possuem autorização da autoridade monetária. O escritório também pode acionar o Conselho Monetário Nacional (CMN).
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“De hoje para amanhã o escritório AFG & Taques deve protocolar uma representação junto ao Banco Central, na Diretoria de Fiscalização e Controle do Bacen, que tem poder de polícia administrativa e junto ao Conselho Monetário Nacional também, porque regras do sistema financeiro foram burladas”, afirmou Wagner.
Os sindicatos também avaliam entrar com uma representação na Diretoria-Geral da Polícia Federal, em Brasília, para investigar o crime contra a economia popular, dentre outros possíveis delitos. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) pode entrar na briga, segundo Antônio Wagner, e pedir o bloqueio judicial de contas bancárias das empresas.
“Quando se trata de crimes ao sistema financeiro, economia popular, isso é do Ministério Público Federal e por isso a gente tem uma expectativa que o MPF tome providências, inclusive uma providência é que se bloqueie as contas desses bancos, exatamente para garantir o pagamento de possível indenização aos servidores”, comentou.
O caso dos consignados
No começo de maio, diversos sindicatos denunciaram possíveis fraudes nos empréstimos consignados. Há relatos de servidores que contrataram empréstimos e receberam valores menor que o contratado. Por outro lado, o valor era cobrado integralmente. Além disso, as empresas se recusavam a conceder uma segunda via do contrato.
Outra irregularidade seria o uso de informações pessoais dos servidores, como login do Portal dos Servidores, Gov.Br e aplicativos bancários para ‘simular’ renegociações de dívidas. Porém, ao invés de renegociar, as empresas pagavam empréstimos antigos, que já estavam quase quitados, e faziam novas operações sem consentimento dos servidores.
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