Presidente do diretório estadual do PSB em Mato Grosso, o deputado Max Russi foi ‘voto vencido’ durante a reunião da sigla em Brasília, que encaminhou apoio à formação de uma federação de partidos em prol da candidatura de Lula à Presidência da República em 2022. O encontro realizado na quarta-feira (8) terminou com 18 votos favoráveis à federação e apenas cinco contrários - entre os quais está Russi.
Convocada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a reunião tinha o objetivo de consultar os presidentes de diretórios regionais do partido sobre a formação da federação para as eleições de 2022. A princípio, a federação une PT, PC do B, PSol e PV. O PSB está fazendo consultas entre seus filiados antes de ‘bater o martelo’.
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Durante o encontro, quatro estados aceitaram apoiar a federação com PC do B, PSol e PV, excluindo o PT: Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal e Mato Grosso. Já o representante de Tocantins se manifestou contra a federação com qualquer um dos partidos, tradicionais da esquerda.
Antes do encontro em Brasília, Russi defendeu, em conversa com jornalistas na última terça-feira (7), que o PSB lançasse um candidato próprio à Presidência. Ele também se disse contrário à formação da federação, pois criaria mais dificuldades para o PSB em Mato Grosso, principalmente na eleição de deputados.
“Aqui em Mato Grosso, a federação é muito ruim, porque nós temos 26 candidatos e já está sobrando um. Se faz uma federação, vai sobrar mais 10 candidatos, 12. Então, teria que alguém deixar de ser candidato e perderia muita força o PSB no estado”, disse Russi na ocasião.
No entanto, o PSB nacional está determinado em seguir adiante com o apoio a Lula. O partido já realizou uma consulta entre seus deputados federais e apenas um se posicionou contrário: o gaúcho Heitor Schuch.
O próximo passo da legenda é convocar uma reunião do diretório nacional, que dará a última palavra sobre a formação da federação em torno de Lula.
REGRA NOVA
A federação de partidos foi aprovada pelo Congresso Nacional em setembro deste ano, em substituição às coligações. O sistema permite que os partidos se unam como uma única sigla para a disputa eleitoral, devendo permanecer dessa forma por, pelo menos, quatro anos.