A eleição interna do Ministério Público do Estado (MP-MT) para escolha de seu próximo comandante sagrou o promotor Rodrigo Fonseca como o favorito nesta tarde de terça-feira, 3 de dezembro. Ele recebeu 207 votos, o triplo de seus adversários, os procuradores Carlos Eduardo Silva e José Antônio Borges. Este último já ocupou o cargo de procurador-geral por dois mandatos, entre 2019 e 2023.
Carlos, que ficou na segunda colocação, recebeu 70 votos. Enquanto Borges obteve 65.
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Os membros do Ministério Público formarão uma lista tríplice, a qual será encaminhada ao governador Mauro Mendes (União Brasil), a quem cabe definir quem será o novo chefe do MP. A expectativa é que ele atenda ao desejo da maioria e nomeie Fonseca.
Este não foi um pleito fácil para Borges, cujo cenário político não estava favorável desde o começo. O atual procurador-geral, Deosdete Cruz, foi eleito com apoio de Borges, mas lançou Rodrigo como seu candidato no pleito concluído nesta terça-feira.
José Antônio anunciou sua candidatura em setembro, oportunidade em que o jornal Estadão Mato Grosso antecipou que sua campanha seria isolada e com poucos apoios, conforme apurado junto a fontes internas.
Já na época, ele antecipou que faria sua campanha eleitoral sem manifestações públicas e nem pela imprensa acerca de suas propostas de gestão, limitando sua articulação diretamente a membros do órgão.
Fonseca, por outro lado, teve apoios de peso em sua busca pela chefia do MP, como os ex-PGJs Paulo Prado e Marcelo Ferra.
DISPUTAS
Este não foi o único cargo pleiteado por José Antônio Borges neste fim de ano. O procurador também se candidatou para ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pelo Quinto Constitucional destinado aos Ministérios Públicos Estaduais (MPs) e Federal (MPF). A vaga foi aberta para preencher a cadeira da ministra Laurita Vaz, que se aposentou.
Além de Borges, também foi candidato pelo MP-MT o procurador Alexandre de Mattos Guedes. Nenhum dos dois receberam voto na disputa.
Agora, Borges pode ser um dos candidatos a disputar a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), também pelo Quinto Constitucional. O pleito será aberto devido à aposentadoria do desembargador Guiomar Teodoro Borges, que se tornará compulsória em abril próximo, quando ele completa 75 anos.
Caso decida por se candidatar à vaga, Borges pode acabar enfrentando seu ex-aliado e atual PGJ, Deosdete, que deve pleitear a vaga.
