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Política Quinta-feira, 06 de Outubro de 2022, 12:41 - A | A

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VEJA VÍDEO

Presidente desafia Paccola com trocadilho: ‘venha pela frente, não venha pelas costas’

Juca ainda afirmou que vai garantir segurança de Edna, autora do pedido, que disse ter sofrido ameaças

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

Alvo de uma ameaça velada após a sessão desta quarta-feira, 5 de outubro, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB), desafiou o vereador cassado Tenente Coronel Paccola (Republicanos) a peitá-lo pessoalmente. A declaração foi feita ao portal Veja Bem MT na manhã desta quinta-feira, 6.

Juca comentava a ameaça velada feita por Paccola ao fim da sessão de ontem, quando disse estar decepcionado com algumas pessoas e afirmou que provaria que esses vereadores fariam parte da “maior organização criminosa de Cuiabá”, inclusive o presidente.

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“Ele tem que vir, tem que provar e se ele vir, que venha de frente, não venha por costas... Em relação a mim, estou tranquilo, só peço que não seja covarde, venha pela frente”, disparou.

As palavras, estrategicamente utilizadas, fazem menção ao comportamento de Paccola no dia 1º de julho, quando matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa com três tiros nas costas. Foi este caso que culminou na cassação do vereador.

Além disso, um de seus apoiadores teria feito gestos intimidadores à vereadora Edna Sampaio (PT), autora do pedido de cassação de seu mandato. A parlamentar denunciou a ameaça ainda durante a sessão e o presidente respondeu que olharia as imagens das câmeras para identificar o suspeito.

Nesta manhã, aos jornalistas, Juca afirmou que a vereadora está bastante receosa e, se for de seu desejo, irá ele mesmo à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) pedir proteção policial para ela.

“A vereadora Edna está bastante preocupada. Ela foi autora do pedido, o pessoal dele fez gestos para ela, gestos que podem significar ação violenta. Eu quero que principalmente garanta a segurança da vereadora Edna, que é a autora, é mulher, nós não vamos permitir que algo aconteça com ela”, afirmou.

O vereador Tenente Coronel Paccola foi cassado na sessão extraordinária desta quarta-feira por 13 votos favoráveis, cinco contrários, três abstenções e três ausências. A decisão seguiu o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

Paccola foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

 

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