O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) disse na manhã desta quarta-feira (06), ser contrário ao projeto do deputado estadual Wilson Santos (PSDB) que se aprovado, pode liberar 100% da capacidade de torcida nos estádios de futebol.
O prefeito disse ser contrário e que não se pode vender a ideia que a pandemia já acabou.
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“O vírus está aí. Avançamos muito na imunização, começamos a vacinar terceira dose dos idosos e jovens de 12 a 17. Quero vacinar todo mundo. As autoridades não podem dar exemplo de liberou geral. Acho que autorizar [torcida] de 50% a 70% é mais prudente. Vamos com calma. Não existe fazer uma medida dessa sem ouvir o município. Quem define a regra sanitária de medidas e combate na pandemia no município é o prefeito, que é a maior autoridade”, disse, em entrevista à Rádio Capital.
A proposta de Wilson prevê aumentar o limite de público nos estádios para 50% imediatamente, chegando a 100% em novembro. Além disso, o projeto facilita a entrada dos torcedores, permitindo que o teste de antígeno para covid-19 seja aceito como passaporte imunológico. Atualmente, a lei exige apresentação de um exame RT-PCR, mais caro e demorado do que o teste de antígeno, porém mais eficaz.
Emanuel cobrou espaço para os municípios no debate e lembrou que até mesmo o decreto estadual é orientativo e que cabe aos prefeitos tomarem as decisões no combate à pandemia conforme a realidade de seus municípios.
“O Wilson já foi prefeito de Cuiabá, deveria ao menos me consultar. Ele sabe disso. Aí vem com a lei e Cuiabá, que é a cidade mais importante do estado, vai ser tratada igual Araguainha, que tem 2 mil habitantes e não tem estádio. Não tem cabimento”, concluiu.
PROBLEMAS À VISTA
A volta da torcida à Arena Pantanal no último sábado (2) foi marcada pelo descumprimento dessa norma básica - o uso de máscara. Nas arquibancadas, era visível que grande parte do público retirou a proteção facial para torcer.
Também não há garantia de que o aumento da capacidade resultará em maior venda de ingressos. Na partida de sábado, apenas 2.426 pessoas foram à Arena, sendo que a lei permitia a venda de até 14 mil ingressos. O Cuiabá Esporte Clube avalia que a exigência de apresentação de um teste RT-PCR negativo afastou o público, já que o valor do exame varia de R$ 150 a R$ 400 nos laboratórios.
Por isso, a diretoria do clube já pediu à Assembleia Legislativa que libere também o teste de antígeno como comprovante, pois o método é mais barato e rápido que o RT-PCR.