O Partido Liberal (PL) suspendeu preventivamente a filiação partidária do vereador por Canarana (a 642 km de Cuiabá), Thiago Bitencourt, preso em flagrante no último sábado, 31 de maio, sob suspeita de estupro de vulnerável e de produção e divulgação de material pornográfico envolvendo menores de idade.
A medida foi adotada como precaução, conforme prevê o estatuto do partido, que autoriza a suspensão em casos que possam comprometer a integridade institucional da legenda.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
De acordo com a Polícia Civil, na residência do parlamentar foram apreendidos diversos itens utilizados, segundo os investigadores, para práticas sexuais não consentidas. A investigação aponta, ainda, que o vereador mantinha uma menor de 15 anos como escrava sexual.
Em resolução assinada pelo presidente da Comissão Privisória do PL Mato Grosso, Ananias Martins de Souza Filho, a direção estadual diz que a suspensão terá validade por prazo indeterminado, permanecendo em vigor até a conclusão das investigações e eventuais processos judiciais. A medida, segundo o documento, também pretende resguardar o direito à ampla defesa por parte do parlamentar.
"O arquivamento do processo, ou sua absolvição, possibilitará a reintegração plena da filiação, hipótese em que está decisão será revista, em caso de confirmação, será procedido processo de expulsão do partido", consta na nota encaminhada à imprensa nesta segunda-feira (2).
O PL Mulher, núcleo feminino da legenda, também se manifestou por meio de nota pública, repudiando as condutas atribuídas ao vereador. A presidente do diretório municipal do partido foi acionada para tomar as providências necessárias.
O vereador segue preso pelos crimes de estupro de vulnerável, por produzir, armazenar e vender conteúdo de pornografia infantil. e está à disposição da Justiça.
O caso:
O delegado Flávio Leonardo, da Polícia Civil do município, afirmou que quem denunciou o caso foram os pais da criança. Com a denúncia, os policiais realizaram a busca e encontraram um vasto material de pornografia infantil com o médico. As autoridades apuraram que ele produzia, armazenava e vendia o material.
Além disso, Thiago usava a adolescente de 15 anos para atrair outros menores de idade. O médico ainda utilizava a profissão para se aproximar das vítimas, principalmente quem estava em situação de vulnerabilidade.
Após a prisão, os policiais conseguiram informações sobre outra vítima, que atualmente tem 15 anos, mas que era estuprada pelo médico desde os 12.