O deputado estadual Valdir Barranco (PT) fez duras críticas à gestão do então governador Mauro Mendes (DEM), durante entrevista realizada para um site da capital, e afirmou que o “chefão” de Mato Grosso é um Bolsonaro dissimulado, que cultiva um ódio feroz dos servidores públicos e profissionais da educação, e que não tem sequer um programa de governo para diversas áreas do estado.
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O parlamentar disse que Mauro tem algum trauma relacionado a educação, que talvez seja da época em que ele era criança, e por isso ele persegue tanto os educadores e educadoras. “Ele tem um ódio muito grande dos profissionais da educação, de modo especial. Ele tem um problema, dele, que deveria fazer algumas sessões de psiquiatria para que pudesse descobrir onde é que ele teve este problema com a educação. Se foi ainda no útero da mãe dele, se foi depois quando ele foi criança, se foi nas séries iniciais da alfabetização. E esse problema faz com que ele descarregue todo o ódio na educação, fazendo com que todos os profissionais, alunos e envolvidos sofram juntos”, disse.
Barranco também falou que o governo não se esforça em nenhum sentido para criar programas voltados para a população mais vulnerável, exemplo disso é a fila enorme na busca por ossinhos em um açougue de Cuiabá. “O Estado que bate no peito e se vangloria em dizer que é o que mais arrecada, que vive falando está com o caixa abarrotado de dinheiro e que mais exporta carne bovina no mundo, mas na hora que precisa ajudar o seu povo não tem um programa para socorrer as famílias que passam fome e finge de cego sobre isso. O maior rebanho bovino do mundo aliado as pessoas ficando horas em uma fila no sol para receber doação de ossinhos”, afirmou o deputado.
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O maior defensor da agricultura familiar na Assembleia Legislativa, Barranco também criticou à forma como o governador lida com a agricultura familiar e como isso enfraquece cada vez mais os pequenos produtores de Mato Grosso. “O governador não tem uma política voltada para agriculta familiar, esse negócio de pegar emendas parlamentares e distribuir máquinas não resolve. Nós temos que ter uma proposta, um programa para a agricultura familiar regionalizado. O que serve para a Baixada Cuiabana, não serve para o Araguaia, não serve para o Nortão, não serve para o Noroeste, não serve para o Médio-Norte, não serve para a região Sul. Nós temos que ter programas voltados para aptidão de cada uma das regiões, que possa compreender toda a cadeia da agricultura familiar”, expôs.
Assim como com os profissionais da educação, Mauro também sustenta uma repulsa muita grande com os servidores públicos. O maior exemplo deles foi a demissão de 61 servidores da Empaer (Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), que estavam nos cargos desde a década de 1990. “Isso que acontece com vários servidores do estado, mostra o desdém que o governador trata o serviço público. Vários demitidos da Empaer já estão com a saúde fragilizada, alguns com depressão, outros não conseguem se encaixar em outro trabalho. O que Mauro fez é mais uma confirmação de que ele só quer encher os cofres, e não importa como”, finalizou.