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Política Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 15:52 - A | A

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 15h:52 - A | A

CHUMBO TROCADO

Neri "ressuscita" depoimento e acusa Fagundes de receber R$ 1 milhão em propina

Segundo o deputado, os recursos teriam sido utilizados na campanha eleitoral de Fagundes em 2014

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado federal e candidato ao Senado Federal Neri Geller (PP) afirmou que vai pedir que o Ministério Público investigue o também candidato Wellington Fagundes (PL). Durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (24), o candidato apresentou trechos de um depoimento que aponta o pagamento de propina no valor de R$ 500 mil para Fagundes.

Além disso, o filho de Fagundes também teria recebido R$ 500 mil. Portanto, ambos teria recebido R$ 1 milhão. O recebimento da suposta propina e outros fatos relatados teriam ocorrido no final do ano de 2014.

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A investigação dos fatos narrados no depoimento, segundo Neri, está parada desde 2018. Pierre François Amaral de Moraes teria dito que além de Fagundes ter recebido propina, o empresário teria utilizado sua aeronave para entregar R$ 500 mil a um dos filhos de Fagundes. Os recursos seriam para o pagamento de despesas de campanha, quando Fagundes ganhou a eleição para o Senado Federal.

“Vou deixar à disposição da imprensa. Recebi isso agora. Isso, sim, nós vamos fazer interpelação para que esses fatos sejam realmente investigados e se dê uma posição com relação a isso. Não é conversa, são documentos que me foram encaminhados e eu não vou prevaricar. Vou apresentar isso”, afirmou Neri.

Consta no documento que o empresário Pierre François confessa ter recebido, por meio da empresa Lumax Empreendimentos e Projetos Ltda, propina do Consórcio Integração, que fazia parte as empresa Planserv e Sondotécnica Engenharia de Solos Ltda, contratado pelo governo do Estado para prestar apoio técnico em uma série de obras de pavimentação de rodovias estaduais.

A Lumax seria uma subcontratada do consórcio e iria realizar o equivalente a 17% do volume financeiro previsto no contrato. Ocorre que apenas 12% foi realizado e os outros 5% seriam destinados ao grupo do ex-governador Silval Barbosa, a título de propina.

"Wellington pediu ajuda do interrogado dizendo que Silval Barbosa havia prometido ajudá-lo em sua campanha política, mas que não estava cumprindo, e que pela amizade dele com interrogando pediu que o interrogando intercedesse junto a Silval para que este o auxiliasse em sua campanha mediante pagamento de dinheiro", diz o documento.

Após Silval concordar, o empresário teria entregue R$ 500 mil a Fagundes pessoalmente. Já em relação aos outros R$ 500 mil, o empresário alega viajou em seu próprio avião e entregou o montante a um dos filhos de Fagundes. Ele ainda sustenta que não informou o conteúdo do ‘pacote’ ao recebedor.

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