O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, cobrou a realização do terceiro turno nas obras do BRT, em Cuiabá. A cobrança foi feita na manhã desta segunda-feira (28.04), durante vistoria da obra, na Avenida do CPA.
Em declaração à imprensa, o presidente-conselheiro também disse que, em conversas que teve, foi apontado que os moradores vão reclamar do barulho, principalmente nos trabalhos noturnos. No entanto, Sérgio Ricardo disse que os moradores no entorno da obra precisam ‘suportar’ o barulho e que Cuiabá e Várzea Grande vivem situação de emergência.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“Quando ligar uma britadeira aqui, o cidadão que mora naquele prédio, vai reclamar. Não tem que reclamar. Tem que aguentar, tem que suportar, já estão aguentando aqui 12 anos, 13 anos desse jeito. Não tem que ficar reclamando de barulho de britadeira e de maquinário”, disse o presidente.
“Nós estamos num momento de emergência. Dá uma olhada na fila. O tempo que o cidadão leva pra chegar de casa ao trabalho e do trabalho pra casa. Então, é uma situação de emergência, sim”, completou.
Outro argumento apresentado pelas empresas em relação ao terceiro turno, pontua Sérgio Ricardo, é a falta de mão de obra em Mato Grosso. No entanto, ele citou como exemplo a construção da Rumo, que está estendendo os trilhos da Ferronorte, que chegam até Rondonópolis, até Lucas do Rio Verde. Nas obras, cita ele, trabalham 7 mil trabalhadores.
O presidente do TCE relatou ter visitado as obras da Ferronorte ou Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, realizadas pela Rumo S.A, e destacou a solução utilizada pela empresa para suprir a mão de obra.
“Eu tenho certeza que 90% daqueles trabalhadores na Ferronorte não são de MT. Não adianta tentar procurar mão de obra aqui em Cuiabá. Você não vai achar nem pedreiro ou auxiliar de pedreiro, não tem a mão de obra. Então, as empresas que ganhar os processos licitatórios, elas com certeza vão ter que buscar funcionários em outros estados brasileiros”, disse.
Vídeo: