A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) comunicou que não fechará 300 escolas estaduais. A declaração foi dada como resposta ao deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que afirmou nas redes sociais que o governo pretende adotar a medida para cortar custos, o que motivou uma série de protestos contra o fechamento dessas unidades.
O secretário da pasta, Alan Porto, estará na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (25), atendendo à convocação feita pelos parlamentares para explicar a situação. Contudo, ele já adiantou que a afirmação não é verdadeira.
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“Posso afirmar e fazer compromisso de que não fecharemos 300 escolas, como querem fazer crer alguns com o discurso político de fake news”, diz Alan Porto.
Em nota, a Seduc explica que haverá um reordenamento de algumas escolas devido à má estrutura. Como exemplo, citou a Escola Estadual Salim Delício, no bairro Parque Cuiabá. Os alunos serão transferidos temporariamente para as escolas Alice Fontes e Heliodoro Capistrano, enquanto uma nova sede é construída para a Salim Delício.
A secretaria também explicou que as creches estaduais Maria Eunice Duarte de Barros, que fica no Centro Político Administrativo, e Nasla Joaquim Aschar, localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, serão repassadas para a gestão da Prefeitura de Cuiabá a partir de 2021, já que a educação infantil é de responsabilidade dos municípios.
“O que nós estamos fazendo é um diálogo com municípios e com as duas creches, de forma muito transparente, em conjunto com o Ministério Público, para fazer esta transição para o município, que precisa atender o ensino infantil”, explicou o secretário.
A Seduc afirma que todas essas informações foram repassadas aos assessores pedagógicos dos polos educacionais, diretores dos Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro), aos membros do Fórum Estadual de Educação (FEE), aos diretores do Sintep e aos deputados Henrique Lopes e Ludio Cabral, ambos do PT, que apresentaram a convocação do secretário para prestar esclarecimento sobre o assunto.
CRÍTICAS - Nas redes sociais, Lúdio disse que a “mentalidade de patrão” do governador Mauro Mendes (DEM) fala mais alto ao cogitar a possibilidade de fechamento das 300 escolas.
“A educação precisa de fortalecimento, de melhorias na estrutura nas escolas e nas condições de trabalho, para que a educação aconteça próximo de onde as crianças e jovens vivem. Com as escolas fechadas, onde eles vão estudar? É preciso investir em educação e não cortar, como o governador maldosamente vem fazendo”, disse.