O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu neste sábado (19) manter a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto, condenado junto com a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo Moares, as condutas pelas quais Delgatti foi condenado são "gravíssimas e ferem com os bens jurídicos tutelados, inexistindo qualquer fato novo que possa alterar os requisitos e fundamentos da decisão que decretou e das que mantiveram a prisão preventiva".
A decisão de Moraes é uma resposta ao pedido da defesa do hacker, que solicitou à Justiça a progressão ao regime semiaberto. É um sistema mais leve do que o fechado, com direito a saídas temporárias, por exemplo.O hacker, que está preso desde agosto de 2023, foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão por invadir o sistema do CNJ e inserir documentos falsos, como uma ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes "assinada" por ele mesmo.
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Ele está na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. No local, Delgatti fez amigos famosos ou que ficaram muito conhecidos após cometerem crimes.
Já Zambelli está foragida na Itália, teve o nome incluído na lista da difusão vermelha da Interpol é alvo de um pedido de extradição feito pelo governo brasileiro, que quer trazê-la de volta para também cumprir pena no Brasil. Ela foi acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ser a mentora desse crime, e condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato. Atualmente, ela está de licença da Câmara, até que os deputados analisem o seu caso.
De acordo com a acusação da PGR, a invasão do CNJ foi feita em janeiro de 2023 com o objetivo de tirar a credibilidade do Judiciário e reforçar questionamentos à eleição de 2022.