Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB) criticou o trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com relação à política de mineração em Mato Grosso. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 23 de junho, Max afirmou que o setor tem potencial de ser “um novo agro” no estado, mas tem sido tratado de forma insatisfatória pela gestão estadual.
“Tem um trabalho que a Sedec fez aí, mal conduzido, mal feito. Nós queremos explicações disso”, afirmou o parlamentar durante entrevista à imprensa, ao comentar a extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), anunciada pelo governo em maio.
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Max também defendeu a realização de uma audiência pública para debater o setor com todos os envolvidos, incluindo representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM), governo estadual e membros da Câmara Setorial Temática da Mineração.
“É um setor que precisa ser acompanhado, ajudado, valorizado, olhado da forma que tem que ser visto, não com discriminação da forma que acontece [...] nós vamos fazer essa discussão numa audiência pública, debatendo com todo mundo”, reforçou.
O parlamentar também cobrou informações sobre o que tem sido feito em relação às taxas de arrecadação mineral. “Quero saber o que está acontecendo. Pedi que o governador fizesse um setor que tivesse atenção especial com isso, mas isso a gente não está vendo na prática”.
Dados da ANM revelam crescimento expressivo da mineração em Mato Grosso. Em 2023, o estado produziu R$ 6,9 bilhões em minérios, como ouro, calcário, água mineral e zinco — produtos que colocaram Mato Grosso na 6ª posição nacional em volume mineral, com mais de 4% de participação no PIB estadual.
Criada em 1979, a Metamat teve papel importante na identificação de jazidas e na perfuração de poços artesianos em diversas regiões do estado, especialmente nas décadas de 1980 e 1990. A empresa chegou a ser referência em mapeamento geológico, mas ao longo dos anos perdeu força por falta de investimentos e por mudanças na estrutura administrativa. Agora, com a extinção oficializada, suas atribuições serão absorvidas por uma secretaria-adjunta dentro da Sedec — movimento que, para parlamentares como Max Russi, pode representar o esvaziamento definitivo de uma política estratégica para o futuro do estado.
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