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Política Quarta-feira, 04 de Novembro de 2020, 16:43 - A | A

Quarta-feira, 04 de Novembro de 2020, 16h:43 - A | A

NOVO CAPÍTULO

Mauro rebate fala da Fecomércio: "não vamos dar mamata"

Rafael Machado

As críticas feitas pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT), José Wenceslau de Souza Júnior, ao programa Mais MT, lançado pelo governo do Estado na semana passada, levaram a um novo embate com o governador Mauro Mendes (DEM).

Wenceslau afirmou que os recursos que vão bancar o investimento bilionário são oriundos do aumento da carga tributária e que Mauro quer “matar a galinha dos ovos de ouro”. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (4), o governador rebateu e afirmou que “ele está falando muita besteira ultimamente”.

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Mendes afirmou que o governo, através do projeto de revisão dos incentivos fiscais, cortou benefícios que teriam sido vendidos pelo ex-governador Silval Barbosa para alguns representantes do setor. Ele foi enfático ao dizer que continuará promovendo o corte de incentivos irregulares e frisou que na sua gestão não terá “mamata”.

“Ele disse que nós tínhamos aumentando imposto. Nós cortamos dele, e de setores que ele representa, incentivos fiscais que foram vendidos a eles por Silval Barbosa, conforme consta em delações premiadas. Isso nós vamos continuar fazendo, não vamos dar mamata para ninguém nesse estado”, destacou.

Na semana passada, o governo lançou o programa Mais MT, que prevê investimentos em diversos setores do estado. O governador disse que o pacote de ações terá o investimento de R$ 9,5 bilhões, sendo que 63% do valor será "bancado" pelo próprio Estado.

Logo após o anúncio, o presidente da Fecomércio se posicionou dizendo que o investimento realizado pelo governo provém do aumento da carga tributária, por meio da reforma que foi proposta pelo governo.

“O governo não produz nada, o governo só arrecada imposto ou investe ou gasta, nós perguntamos a origem desses R$ 6 bilhões e meio. Eu sei, você sabe da origem: o aumento da carga tributária que aconteceu no final de 2019, no apagar das luzes, quando o governo passou a maior reforma tributária já implantada de uma vez só em Mato Grosso. Mas eu pergunto: a que preço? O governo está matando a galinha de ovos de ouro”, repetiu Wenceslau, nesta quarta (4).

“Não existe diálogo entre o governo do Estado e o setor do comércio. Nunca fomos chamados como federação para responder ou trocar ideia com o governo sobre a carga tributária. Sempre nos colocamos contrários ao aumento de imposto, porque quem paga a conta é o cidadão mato-grossense”, acrescentou.

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