Conforme antecipado pelo Estadão Mato Grosso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o senador Carlos Fávaro (PSD) como ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O anúncio foi feito nesta manhã de quinta-feira, 29 de dezembro.
Desde o final do segundo turno das eleições, Fávaro era um dos cotados para assumir a pasta na gestão do Lula. Além dele, também foram sondados para ocupar o cargo o ex-deputado federal Nilson Leitão e o deputado federal cassado Neri Geller (PP).
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Uma das missões dele na chefia da Agricultura será tentar aproximar o setor com o governo, principalmente de Mato Grosso, já que grande parte dos produtores apoiaram a reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). E, durante o período eleitoral, membros da Aprosoja de Mato Grosso "decidiram" que Fávaro, Geller, e o empresário Carlos Augustin, não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília.
Segundo a Aprosoja, que representa a categoria, ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), eles entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora.
Fávaro se aproximou da esquerda para tentar dar musculatura ao projeto político de Neri Geller. Sem espaço na base do governador Mauro Mendes (União), eles articularam com a federação PT, PV e PCdoB a montagem de chapa majoritária, com Márcia Pinheiro (PV) ao governo e Neri ao Senado.
Articulação
Para dar viabilidade à sua nomeação ao cargo, Fávaro trouxe para o PSD seus dois suplentes: Margareth Buzetti e José Lacerda, que eram do PP e do MDB, respectivamente. A medida foi para evitar qualquer medida que pudesse comprometer seu projeto.
Durante a eleição, Buzetti apoiou Bolsonaro, fator que poderia complicar a ida de Fávaro para o Ministério da Agricultura. Buzetti comentou que, caso o senador seja nomeado para o staff de Lula, não será "oposição por oposição" e deverá apoiar projetos que sejam bons para o país, Mato Grosso e o setor produtivo.