O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), anunciou que vai retirar temporariamente de pauta o projeto que prevê o pagamento do 1/3 de férias aos professores municipais, benefício aprovado desde 2020, mas que nunca foi pago. Abilio justificou que não há previsão orçamentária para a despesa, estimada em até R$ 30 milhões, e defendeu um debate com vereadores para encontrar fontes alternativas de recursos.
Durante conversa com jornalistas, o prefeito explicou que o pagamento geraria um impacto anual de R$6 a R$9 milhões na folha da educação, o que exigiria cortes em áreas como obras, manutenção predial e investimentos em outras frentes da própria educação. Abilio reforça que a proposta foi enviada à Câmara como um exercício de responsabilidade administrativa, mesmo ciente do desgaste político.
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“Se o parlamento decidir que o pagamento deve ser feito, nós vamos cumprir. Mas precisamos decidir juntos de onde tirar esse dinheiro, porque não temos verba sobrando”, afirmou Abílio, ao lado de vereadores da base.
Ele também reforçou que a proposta foi enviada à Câmara como um exercício de responsabilidade administrativa, mesmo ciente do desgaste político. “Minha obrigação é encaminhar o que é necessário para o orçamento do município, ainda que me custe popularidade”, declarou.
O líder do governo na Câmara já solicitou oficialmente a retirada de pauta para que a Prefeitura e os vereadores busquem soluções conjuntas. Uma reunião está marcada para quarta-feira (data a definir) com o objetivo de encontrar alternativas orçamentárias.
O projeto trata especificamente dos professores da educação básica. "Se escolhermos pagar, teremos que cortar de algum lugar, e provavelmente será de obras ou manutenção. Isso precisa ser bem discutido", completou o prefeito.
A expectativa é de que a gestão e os vereadores encontrem um equilíbrio para atender a categoria sem comprometer outros setores essenciais da administração municipal.
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