Sem revelar maiores detalhes, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que espera que as negociações com o Governo da Bahia para venda dos trens e vagões do VLT alcancem um resultado equilibrado para ambos os lados. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 18 de março, Mauro ressaltou que as tratativas estão sendo conduzidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e não quis citar valores.
Segundo informações da imprensa baiana, a questão das cifras tem sido o principal ponto de confronto nessa negociação. O governo de Mato Grosso pede R$ 1,2 bilhão pelo material rodante do VLT, mas os baianos só estariam dispostos a pagar R$ 600 milhões, podendo chegar a R$ 700 milhões (clique aqui para ler em detalhes).
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Aos jornalistas, Mauro explicou que o objetivo do governo de Mato Grosso é recuperar os valores que já foram investidos no VLT. Porém, ele admite que pode ceder para conseguir chegar a um acordo.
“Se nós encontrarmos uma solução consensual que reponha o dinheiro que nós gastamos corrigido, ok, nós podemos aceitar”, explicou.
“Agora, é normal numa negociação a gente querer mais e o comprador querer menos, né? Pagar menos. Aí você vai negociando, vai negociando, pra ver se chega num ponto de equilíbrio”, complementou.
O governador ressaltou que escalou seu “melhor negociador” para conseguir os melhores termos, mas enfatizou que a solução para o impasse está sendo construída em conjunto entre os Estados e o Tribunal de Contas da União.
“Nós estamos negociando para preservar os interesses dos mato-grossenses. Ficar demandando na justiça por 20, 30 anos, não é interessante para nós, para ninguém”, argumentou.
“Eu designei, talvez um dos mais duros negociadores do governo, que é o Rogério Gallo. O meu Gallo está lá, negociando. Tem representantes do TCE, tem outros representantes de Mato Grosso junto com eles. Estamos tentando construir”, emendou.
No entanto, o governador não quis dar detalhes sobre o andamento das negociações. Segundo ele, “tem muita coisa real acontecendo”, mas os detalhes só devem ser tornados públicos mais à frente, para não prejudicar o processo de negociação.
“O povo gosta de falar muito, eu não gosto. Vocês viram aqui, o segredo do sucesso da gente fazer essa coisa [concessão da BR-163], que é das mais disruptivas do Brasil, [...]é você não falar desnecessariamente antes que as coisas aconteçam. [...] Eu não gosto de falar daquilo que nós ainda não temos certeza se vai ou não acontecer”, concluiu.