As investigações da Delegacias Especializadas de Crimes Tributários (Defaz) e de Combate à Corrupção (Deccor) apontam que os vereadores investigados na Operação Perfídia, vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), usaram os seus gabinetes como "palco para as negociações ilícitas e para a entrega de parte da propina".
Segundo a denúncia, eles articularam a aprovação de um projeto encaminhado pela Prefeitura de Cuiabá para a aprovação de uma certidão que permitiria o Município a parcelar dívidas tributárias, para recebimento de recursos públicos. A propina teria sido paga por um funcionário da construtora HB20 Construções, responsável pelas obras do Contorno Leste.
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"No caso em tela, as evidências apontam que os investigados Joelson Fernandes do Amaral e Francisco Carlos Amorim Silveira (Chico 200) valendo-se de seus mandatos eletivos e da estrutura da Câmara Municipal de Cuiabá, orquestraram um esquema de solicitação e recebimento de propina, utilizando-se de aplicativos de mensagens para coordenar as ações e garantir a aprovação de interesses particulares em detrimento do bem público", consta no documento.
A construtora HB20 Construções desembolsou R$ 250 mil para realizar o pagamento de propinas para o vereador Sargento Joelson. Conforme a Denúncia o dinheiro seria repartido entre os vereadores para a aprovação do projeto que regularizou a situação da Prefeitura de Cuiabá.
O funcionário da empresa revelou na Deccor que a solicitação de vantagens indevidas e que as tratativas foram feitas na Câmara de Cuiabá.
As investigações conseguiram mensagens que apontam ainda que o vereador Sargento Joelson teria conversado por Whatsapp sobre a cobrança de proprina para aprovação da lei, fortalecendo ainda mais a conexão entre os envolvidos.
Os dois vereadores foram afastado do cargo e sofreram busca e apreensão e de afastamento foram determinadas pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá.