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Política Terça-feira, 07 de Dezembro de 2021, 16:20 - A | A

Terça-feira, 07 de Dezembro de 2021, 16h:20 - A | A

SEM CABIMENTO

Discussão sobre passaporte da vacina não cabe à Assembleia, diz Lúdio

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado Lúdio Cabral (PT) criticou o debate na Assembleia Legislativa sobre a obrigatoriedade do ‘passaporte da vacina’ e disse que essa discussão lembra o final do século XIX e início do século XX, quando a população se revoltava contra as vacinas. O parlamentar ainda afirmou não ser atribuição do Parlamento, mas sim às autoridades competentes.

Lúdio ainda afirmou que as autoridades sanitárias já têm essa previsão de obrigar a população a apresentar a carteira de vacinação e que o debate é “inócuo”.

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“É absolutamente inócuo sobre fazer esse debate do passaporte sanitário aqui na ALMT, quem está mobilizando uma parte desorientada da população para essa pauta não está agindo de forma correta, porque não é um tema que cabe à Assembleia. É um tema que cabe as autoridades sanitárias de MT”, afirmou o deputado, que também é médico sanitarista.

Segundo Lúdio, somente o Governo do Estado poderia colocar em pauta a questão de proibir a exigência da carteira de vacinação. Além disso, a adoção ou não dessa medida depende da avaliação dos números da pandemia. Lúdio Cabral também aponta a vacinação como a arma mais eficaz contra a variante ômicron.

“É uma tarefa que a lei já delega à autoridade sanitária. Aí os deputados aqui na Assembleia, com comportamento negacionista, tentarem aprovar uma lei para proibir a autoridade sanitária de utilizar esse recurso quando ele for necessário, não tem sentido”, afirmou. O parlamentar também alertou para o baixo ritmo de vacinação.

Lúdio Cabral prevê que a nova variante do vírus - ômicron - tem potencial de se ‘alastrar’ mais rapidamente que as outras, como a delta, além de ter mais mutações.

Até o momento, meio milhão de pessoas não compareceram aos postos de saúde para tomarem a segunda dose da vacina e a vacinação com a primeira dose ainda está em pouco mais de 70%. O ritmo da vacinação caiu de forma significativa nas últimas semanas, de 24 mil em outubro para 13 mil em novembro. Os dados de dezembro também são preocupantes.

O parlamentar também apresentou requerimentos ao governador Mauro Mendes e ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, sobre as medidas que estão sendo adotadas para acelerar o ritmo da vacinação.

“Nos primeiros dias de dezembro [a média] caiu para 6 mil pessoas/dia. É uma redução substantiva no ritmo da vacinação, no momento em que a vacinação deveria estar sendo acelerada, isso que deveria ser objeto da nossa preocupação”, criticou.

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