Símbolo da gritante desigualdade social mato-grossense, a fila dos ossinhos foi lembrada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita a Várzea Grande na tarde desta quarta-feira, 31 de julho. O líder da nação afirmou que a situação é injusta e não pode continuar ocorrendo, uma vez que o país produz alimentos mais que suficientes para sua população.
“Eu não quero nunca mais ver a fotografia de uma pessoa, do estado de Mato Grosso, aqui em Cuiabá, na fila do açougue pegando osso. Não é possível! Não é normal! Não é justo. Esse país produz alimento suficiente. O que nós precisamos é garantir que esse alimento chegue nas pessoas e isso é possível”, afirmou, durante seu discurso.
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Lula esteve em Várzea Grande para entregar as obras de ampliação e modernização do aeroporto de Cuiabá e 1.000 casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, no Residencial Colinas Douradas. As falas foram direcionadas ao governador Mauro Mendes (União Brasil), que participou do evento.
Embora exista há mais de 10 anos, a fila dos ossinhos foi “descoberta” em dezembro de 2021, durante a pandemia. A quantidade de pessoas em busca de doação de ossos em um açougue da região do CPA, em Cuiabá, aumentou devido à crise econômica da pandemia e atraiu a atenção da imprensa.
O caso repercutiu nacionalmente ao escancarar que o estado que mais produz alimentos em território nacional também ostentava a desigualdade, permitindo que sua população se sujeitasse a filas em busca de ossos para matar a fome.
O assunto pautou a classe política e o debate das eleições de 2022 e, desde então, continua a ser lembrado por autoridades.