Compondo a Frente Parlamentar de Combate ao Aborto "Pró-Vida", instalada na última segunda-feira, 15 de maio, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) disse que o objetivo é lutar por aqueles que não podem se defender e usou como exemplo as vacas que cria em sua propriedade rural.
"O aborto por si só já é um assassinato. Toda vez que meu touro fecunda minha vaca, que está no cio, dentro do útero da minha vaca tem um bezerro, certo? Eu posso fazer a conta: tenho tantos animais e esperar que daqui a nove meses terei mais um. Assim é com a mulher", exemplificou.
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De acordo com Cattani, é inadmissível que as pessoas tratem o feto como um amontoado de células. "Eles chamam assim [feto] justamente para não dar a impressão de que é uma criança. Não há justificativa para uma criança, que não pode se defender, ser assassinada ainda dentro do ventre de sua mãe", defendeu.
No Brasil, o aborto é autorizado em apenas três casos: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto. Nessas hipóteses, a gestante tem o direito de escolher o procedimento para interromper a gravidez ou manter a gestação. A matéria é de competência exclusiva da União. As alterações legislativas, portanto, só podem ser feitas por discussão no Congresso Nacional.
A frente parlamentar, composta apenas por deputados homens, visa convencer mulheres a manter gestações indesejadas ou não planejadas por meio de políticas públicas para amparar, principalmente, mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade.
Fazem parte da frente parlamentar os deputados Beto Dois a Um (PSB), Cláudio Ferreira (PTB), Dilmar Dal Bosco (União), Elizeu Nascimento (PL), Faissal (Cidadania), Gilberto Cattani (PL) e Júlio Campos (União)