O vereador Dilemário Alencar (União), líder do prefeito Abilio Brunini (PL) na Câmara de Cuiabá, protocolou o pedido de convocação urgente do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para depor na CPI da CS Mobi, que investiga o contrato firmado entre a Prefeitura e a empresa responsável pelo estacionamento rotativo na capital. Em conversa com a imprensa nesta quinta-feira, 26 de junho, Dilemário afirmou que Emanuel precisa prestar esclarecimentos à CPI, inclusive sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que teria sido movida por ele para suspender a gratuidade no estacionamento para idosos e pessoas com deficiência.
Segundo Dilemário, o contrato assinado durante a gestão de Emanuel obriga o município a repassar R$ 650 mil por mês à empresa durante 30 anos. Segundo ele, esse montante pode ultrapassar R$ 650 milhões, ou até R$ 1 bilhão, considerando a correção do valor durante o período de concessão.
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“O ex-prefeito Emanuel Pinheiro está aqui, o pedido de convocação dele, para ele vir explicar porque que ele fez um contrato onde o povo de Cuiabá, através dos seus tributos, vai ter que passar R$ 650 mil por mês para essa empresa, tá certo?”.
O parlamentar classificou o contrato como prejudicial aos cofres públicos e afirmou que os valores repassados pela Prefeitura serão usados pela CS Mobi para construir obras, como o novo Mercado Municipal, com dinheiro do contribuinte.
“É com esse dinheiro que essa empresa vai construir o novo mercado municipal. Ou seja, é com dinheiro do munícipe que essa empresa vai fazer a maioria das obras que está pactuada no contrato”, destacou.
O vereador cobrou uma resposta imediata do presidente da CPI, o vereador Rafael Ranalli (PL), e declarou que, se necessário, a oitiva deve ocorrer de forma coercitiva.
“Ele precisa vir aqui na CPI do estacionamento rotativo, o ex-prefeito Emanuel Pinheiro, nem que seja sob vara, ou seja, de forma coercitiva”, afirmou.
Dilemário ainda criticou a CS Mobi por acionar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para pedir reajuste nas tarifas cobradas da população e exigir o cumprimento integral do contrato firmado com a antiga gestão.
Por fim, o vereador sugeriu que possa haver conluio entre o ex-prefeito e a empresa, embora tenha evitado afirmar com todas as letras.
“Parece que é um jogo combinado... Emanuel Pinheiro vai entrar com a Adin para derrubar a gratuidade pro idoso, pra pessoa com deficiência. Agora essa empresa entra no TCE, entra com a representação... e ainda pede para calar o prefeito Abilio”, concluiu.
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